Maioria dos CEOs globais prevê retorno ao 100% presencial até 2027, diz KPMG

83% dos CEOs prevê um “retorno total ao escritório” até 2027. É o que mostra a 10ª edição da pesquisa KPMG CEO Outlook, divulgada neste mês.

A pesquisa, que abrangeu mais de 1.300 líderes corporativos globalmente, revela uma mudança nas perspectivas sobre o ambiente de trabalho, à medida que as empresas buscam restabelecer a dinâmica presencial.

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Além disso, 92% dos CEOs que participaram da pesquisa estão buscando aumentar o número total de funcionários – o maior percentual desde 2020.

O dado corrobora um certo otimismo por parte dos líderes: apesar de uma queda na confiança dos CEOs nas perspectivas de crescimento econômico desde 2015, 72% ainda se mostram otimistas sobre o futuro.

Ainda assim, a maioria, ou 72%, dos líderes admitiu se sentir mais pressionada do que no ano anterior para garantir a prosperidade a longo prazo de seus negócios.

IA e tecnologia

A inteligência artificial (IA) continua a ser uma prioridade de investimento, com 64% dos CEOs considerando-a essencial para o crescimento. Curiosamente, 76% acreditam que a adoção de IA não afetará negativamente o número de empregos em suas organizações.

Bill Thomas, CEO Global da KPMG, enfatiza a necessidade de investimento em tecnologia e talento.

“Os últimos dez anos foram moldados por um cenário de volatilidade e mudança, desde uma pandemia global até a inflação crescente e a ascensão da IA. Diante de tais pressões, os CEOs estão firmes sobre a necessidade de investir no futuro. A turbulência exige que os líderes sejam mais resilientes, ágeis e inovadores do que nunca”, afirma.

À medida que as empresas se preparam para um retorno ao escritório, muitos líderes estão adaptando suas estratégias para atender às novas demandas de uma força de trabalho que busca mais equilíbrio e flexibilidade.

Com a crescente pressão para reter talentos e a necessidade de atualizar habilidades, 80% dos CEOs concordam que suas organizações devem investir em desenvolvimento de habilidades nas comunidades locais. Essa abordagem não apenas ajudará a atrair novos talentos, mas também garantirá que as empresas permaneçam competitivas em um mercado em rápida mudança.

Desafios

Segundo a KPMG, os desafios enfrentados pelos CEOs mudaram. Questões na cadeia de suprimentos e problemas operacionais se tornaram ameaças mais significativas para o crescimento das empresas, superando cibersegurança e a geopolítica. Essa mudança reflete um ambiente de negócios em constante evolução, onde a adaptação e a inovação se tornam cruciais.

Além disso, muitas empresas deverão reportar o atingimento ou não de metas sustentáveis em 2025. Segundo a KPMG, 30% dos CEOs veem a complexidade da descarbonização de suas cadeias de suprimentos como um dos principais obstáculos para alcançar suas ambições climáticas.

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