Ajuda na fuga? Polícia suspeita de vazamento em ação para prender Gusttavo Lima

Gusttavo Lima com camiseta da Vai De Bet, empresa central na Operação Integration. Foto: reprodução

A Polícia Civil de Pernambuco, que investiga um possível vazamento da Operação Integration e tinha como alvo o cantor Gusttavo Lima em um suposto esquema de lavagem de dinheiro relacionado a apostas esportivas, suspeita que o bolsonarista soube do seu mandado de prisão após um vazamento.

O Tribunal de Justiça do estado havia emitido o pedido contra o músico na segunda-feira (23), mas a ordem não foi cumprida porque o sertanejo estava em Miami, nos Estados Unidos, para onde viajou na horas antes.

As autoridades acreditam que Gusttavo deixou o Brasil para evitar ser preso. Ele ainda está em uma mansão avaliada em R$ 65 milhões em Hollywood Beach com sua esposa e filhos. A prisão preventiva de Lima foi revogada na terça-feira (24), mas a suspeita de que ele tenha sido alertado sobre a operação antes de sua deflagração levantou questionamentos dentro da Polícia Civil.

O cantor bolsonarista Gusttavo Lima, investigado em esquema de lavagem de dinheiro relacionado a apostas esportivas. Foto: Reprodução/Redes Sociais

Outro investigado, Darwin Henrique da Silva, também não foi encontrado pela polícia. Pai do CEO da empresa Esportes da Sorte, Darwin Henrique da Silva Filho, que estava preso até a última terça-feira, ele fugiu de sua casa horas antes da operação. A investigação também resultou na prisão da influenciadora Deolane Bezerra, que foi solta no mesmo dia.

A juíza Andrea Calado da Cruz, responsável pelo caso, destacou que Gusttavo Lima teria ocultado o recebimento de R$ 22 milhões referentes à venda de um avião particular. O valor foi pago pela empresa J.M.J. Participações LTDA, pertencente ao investigado José André da Rocha, dono da plataforma de apostas Vai de Bet, da qual Lima possui 25% de participação.

Além desse montante, o cantor também é acusado de esconder o recebimento de R$ 9,7 milhões da HSF Entretenimento Promoção de Eventos, dinheiro que, segundo as autoridades, é oriundo de jogos ilegais.

A investigação aponta que a empresa de Gusttavo Lima, Balada Eventos e Produções, foi usada para lavar o dinheiro obtido de maneira ilícita. Em maio de 2023, a Balada Eventos recebeu R$ 4.947.400,00 da HSF, enquanto em abril do mesmo ano, foram transferidos R$ 4.819.200,00.

O caso ganhou destaque pela magnitude das cifras envolvidas e pela participação de nomes de peso da música e das redes sociais. A suspeita de que Gusttavo Lima tenha usado sua influência e recursos para evitar a prisão, bem como as ligações do cantor com o ramo de apostas, aumentaram a repercussão do caso.

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