Viagem de parlamentares bolsonaristas aos EUA custa R$ 85 mil aos cofres públicos

Mayra Pinheiro e José Medeiros em viagem aos Estados Unidos. Foto: Reprodução

O Congresso Nacional gastou ao menos R$ 85 mil para custear as viagens de três parlamentares bolsonaristas aos Estados Unidos, entre 2 e 7 de novembro, para acompanhar as eleições presidenciais que resultaram na vitória de Donald Trump. As passagens aéreas e hospedagens foram pagas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, que autorizaram a missão oficial.

A comitiva, composta por deputados e senadores ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, incluiu nomes como Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Bia Kicis (PL-DF), que ainda não prestaram contas sobre os gastos. O evento que os parlamentares participaram foi intitulado “O Poder da Democracia: Eleição Presidencial nos EUA 2024”, e os custos envolvidos foram criticados por parte da opinião pública.

Entre os deputados da Câmara dos Deputados, José Medeiros (PL-MT) teve sua passagem aérea de classe econômica ressarcida no valor de R$ 6,3 mil, além de R$ 11,2 mil em diárias. Ele justificou sua presença no evento como parte de uma missão oficial para acompanhar o processo eleitoral nos Estados Unidos e, durante a apuração, registrou uma série de vídeos em frente à Casa Branca, enquanto Trump se consolidava como vencedor da disputa.

Donald Trump. Foto: Divulgação

A deputada Mayra Pinheiro (PL-CE), conhecida como “Capitã Cloroquina” devido às suas posições controversas durante a pandemia de Covid-19, também viajou para os Estados Unidos a convite da Câmara. Ela recebeu R$ 12,5 mil em diárias para o evento. Ele foi indiciada pela CPI da Covid por crimes relacionados à gestão da pandemia, incluindo a defesa do uso da cloroquina como tratamento sem comprovação de eficácia.

O senador Laércio Oliveira (PP-SE) também fez parte da comitiva. O custo de sua viagem foi ainda mais elevado: ele recebeu R$ 20,6 mil em diárias, além de uma passagem aérea de classe executiva no valor de R$ 34,4 mil. Ele foi mais reservado em suas postagens sobre o evento, mas, após a vitória de Trump, afirmou nas redes sociais que a democracia estava se renovando e desejou um “mandato justo” ao ex-presidente dos Estados Unidos.

A viagem de parlamentares para os Estados Unidos foi vista por críticos como um uso indevido de recursos públicos, especialmente considerando os gastos elevados e a escolha de um evento político que não está diretamente relacionado às funções oficiais dos parlamentares.

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