BBI gosta agora mais de Tenda, mas prefere Direcional no setor por conta de dividendo

A Tenda (TEND3) registrou mais um resultado animador no terceiro trimestre de 2024 (3T24), fazendo com que as ações registrassem ganhos de 4,10% na sessão pós-balanço, no dia 7 de novembro.

Para o Bradesco BBI, a relação risco/retorno está melhorando e vê a Tenda construindo um atraente cenário esperado de ganhos em 2026, com crescimento maior do que os pares.

A empresa está gradualmente chegando ao fim de seu processo de recuperação de margem, mas as taxas de juros acima do esperado no Brasil ainda estão atrasando uma recuperação das ações do setor, avalia o banco.

O BBI destaca preferir Direcional (DIRR3) em virtude dos dividendos. O banco mantém uma preferência no curto prazo por nomes próximos de aumentar significativamente o pagamento de proventos, mas também menos expostos ao aperto das taxas, caso também de Plano&Plano (PLPL3), mas gosta mais da Tenda hoje do que ontem e vê oportunidades atraentes para uma parcela menor do portfólio.

A Tenda se destaca como uma história para o meio do ano de 2025, quando o cenário de lucros de 2026 deve ganhar visibilidade, mas pode haver gatilhos para acelerar esse processo (por exemplo, Alea e projetos de reconstrução do estado do Rio Grande do Sul).

As suas novas estimativas de lucros estão 22% e 17% acima do consenso em 2025 e 2026, respectivamente. “Vemos a ação TEND3 sendo negociado a um atraente múltiplo P/L [preço sobre lucro] esperado para 2025 de 5,1 vezes (um desconto de 24% para DIRR3), mas sem dividendos em 2025, enquanto os dividendos da DIRR3 podem chegar a cerca de 15% de rendimento no mesmo período, levando a um menor risco na tese”, avalia o banco.

O possível desempenho melhor da Tenda deve ser baseado no múltiplo P/L de 2026 de 3,9 vezes, versus as estimativas para 2025 para DIRR3 em 6,7 vezes e CURY3 de 7,2 vezes.

O BBI aponta que, além disso, o Tenda Day, em 17 de dezembro, pode ser importante para dar mais visibilidade para 2025, especialmente na Alea (marca de pré-moldados), que acredita que o mercado ainda vê principalmente como uma fonte de risco e volatilidade de lucros, mas acredita que a orientação para 2025 pode fazer com que a Alea seja percebida mais como opcionalidade positiva e, eventualmente, um sólido gerador de valor após 2026.

Assim, está atualizando suas estimativas para a Tenda, mantendo a recomendação de compra e introduzindo o preço-alvo para 2025 de R$ 23 por ação, ante R$ 18 por ação.

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