Magda vem ao Brasil e toca no Surreal Park dia 15; conheça a artista

Nascida na Polônia em 1975, criada em Detroit e estabelecida em Berlim, Magdalena Chojnacka, ou apenas Magda, é uma daquelas artistas que é um tanto difícil definir ou caracterizar, mesmo com seus 30 anos de carreira.

Só por ter vivido nessas que são duas das cidades mais icônicas da cultura clubber underground, já fica mais fácil entender como ela se tornou uma artista tão fora da curva. Magda vai além do simples ser “DJ e produtora”, até porque ela também explora outras áreas como design, moda e tem inclusive uma marca de tequila artesanal, Maria Pascuala.

Mas para contar mais a fundo a história de Magda, precisamos voltar para Detroit, cidade considerada o epicentro mundial do techno. Foi lá, durante a adolescência, que ela se apaixonou pelo lado mais “minimalista” que ganhava força na cidade. O fascínio pelo DJing chegou em 1994, depois de ir em uma festa Spastik, do Richie Hawtin. Com alma industrial, Detroit deu à música de Magda uma característica mais “fria”.

Ela absorveu essas influências de maneira bastante particular e isso a fez se destacar no circuito do Minimal Techno. Então, anos depois, em 98, a convite do próprio Hawtin, Magda se juntou à gravadora M_nus e passou a fazer turnês ao lado dele, abrindo diversos de seus shows pelo mundo e mostrando que ela também podia entregar muito em cima do palco.

Mas teve um trabalho em específico que foi um divisor de águas na carreira de Magda: a compilação She’s A Dancing Machine, lançada em 2006 pela M_nus, claro. Nesse disco, ela conseguiu unir e condensar 70 faixas em 16 “seções”, algo até então bastante diferente e original. Foi assim que ela demonstrou sua criatividade na parte técnica e a habilidade na manipulação de diferentes atmosferas, o que a diferenciava da grande maioria dos DJs.

Outro CD mixado que também teve um peso enorme na carreira dela foi a edição 49 da série da Fabric, em 2010, onde ela imprimiu sua paixão por cinema e por trilhas sonoras italianas, criando uma experiência sonora quase que cinematográfica. Magda foi uma das grandes responsáveis por ajudar a criar e popularizar o Minimal Techno nessa época.

Hoje, mesmo com uma agenda de turnês menor, Magda ainda é presença bastante requisitada nos maiores eventos e festivais ao redor do mundo, inclusive possui uma forte relação com o Brasil, já que se apresenta aqui no país há muitos anos — inclusive fez uma apresentação inesquecível em 2012, quando estreou na Tribaltech, ocasião onde era uma das artistas mais esperadas.

Magda também é cofundadora da Items & Things, selo que fundou em 2011 ao lado de Marc Houle e Troy Pierce, cujo objetivo é desafiar as convenções padronizadas do Techno e buscar por sons mais excêntricos e experimentais. Também já trabalhou em remixes para Depeche Mode, Plastikman e Bushwacka! e tem um projeto paralelo em colaboração com TB Arthur, chamado Blotter Trax, onde explora linhas mais próximas do Electro.

Discotecando, Magda é dona de um estilo de som que muitas vezes é descrito como “sobrenatural” e visceral. É aquele som ideal pra pistas mais escuras, já que é bem encorpado e tem bastante densidade e grave. Em uma biografia antiga, ela explicou em partes de onde vem essa identidade tão particular:

Sou realmente obcecada em encontrar uma linha entre diferentes sons e gêneros. Minhas influências vêm de uma vida passada em ambientes muito distintos, o que desempenha um papel importante na maneira como me conecto com a música”.

É por isso que a única coisa que permanece igual ao longo de todos esses anos é o elemento surpresa que ela apresenta, seja quando produz algo novo ou quando está tocando em cima do palco.

Por tudo isso e mais um pouco, essa sua nova vinda ao Brasil é imperdível para quem puder presenciá-la. Dia 15 de novembro, sexta, ela será a headliner na pista Church do Surreal Park, representando a essência musical do club de Londres Fabric.

Magda estará acompanhada de Bobby, DJ residente do Fabric, além de Flo Massé e de Ratier b2b DPR, que farão um set exclusivamente em vinil. Já na outra pista, a Nomad, o som predominante será o House e o Tech House com a estreia de PAWSA, ao lado de Viot e Brisotti fazendo um b2b, Laguna Sound Department e Adnan Sharif. os ingressos estão disponíveis pela Blueticket.

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