Haddad pede que comandantes das Forças Armadas colaborem com corte de gastos

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participou de uma reunião nesta quarta (13) com os comandantes das Forças Armadas e o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e pediu colaboração dos militares no pacote fiscal. Durante o encontro, eles combinaram que as áreas técnicas de cada instituição vão se reunir para fazer cálculos e detalhas as medidas.

Segundo o jornal O Globo, as reuniões devem começar ainda hoje e se estender até a próxima semana, quando o martelo será batido. O primeiro encontro, entre Haddad teve caráter político e não foram discutidos números ou medidas concretas.

Os comandantes das Forças fizeram um aceno no sentido de querer abrir as discussões, mas alegaram que militares possuem especificidades de carreira, como dedicação integral e direitos trabalhistas diferentes de civis.

A ala militar também alegou que a mudança no regime previdenciário de 2019 nas Forças ajudou a reduzir o déficit causado por gastos como pensões e aposentadorias a membros das Forças e familiares. Reservadamente, os comandantes admitem que a pensão a familiares de militares expulsos deve acabar e pedem que o governo pague uma espécie de auxílio-reclusão para os dependentes.

Eles ainda admitem um aumento da contribuições de militares ativos e inativos, mas cobram a manutenção da integralidade, o salário do último posto ocupado pelos militares, em inatividade, além de um reajuste salarial para integrantes da reserva e pensionistas.

Além de Haddad e Múcio, participaram do encontroo secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, e o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron. Representaram o lado militar o general Tomás Paiva (comandante do Exército), o tenente-brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno (Aeronáutica); e o almirante Marcos Sampaio Olsen (Marinha).