Paris mobiliza milhares de policiais para partida da França contra Israel

A polícia de Paris está se preparando para possíveis atos de violência antes do jogo de futebol entre França e Israel, que acontece nesta quinta-feira (14) no Stade de France. Com a designação de “alto risco” devido aos incidentes de hooliganismo e antissemitismo ocorridos na semana passada em Amsterdã, a polícia mobilizará um agente para cada cinco torcedores com ingresso. A partida ocorre em um contexto delicado, exacerbado pelos recentes conflitos no Oriente Médio.

As preocupações em torno do jogo aumentaram após confrontos entre policiais e manifestantes pró-Palestina na noite de quarta-feira, em Paris. Os protestos ocorreram durante um evento de gala destinado a arrecadar fundos para as Forças Armadas de Israel, que contava com a presença do polêmico ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, que acabou cancelando sua participação. A polícia utilizou gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes, que acendiam sinalizadores e exibiam bandeiras palestinas.

Embora a expectativa de público seja baixa, com menos de 20 mil ingressos vendidos para um estádio com capacidade para 80 mil pessoas, cerca de 4.000 policiais e 1.600 agentes de segurança estarão nas ruas. A presença policial é uma resposta direta aos tumultos que marcaram a partida anterior em Amsterdã, onde a combinação de antissemitismo e violência no futebol foi amplamente condenada.

Uma manifestação pró-Palestina está programada para ocorrer em Saint-Denis às 18h, localizando-se a poucos quilômetros do estádio, em protesto à realização da partida em um momento de guerra no Oriente Médio. O chefe da polícia francesa, Laurent Nuñez, afirmou que a situação é considerada “de alto risco”, mas que a experiência em Amsterdã trouxe lições sobre a necessidade de uma presença policial robusta em áreas próximas ao evento.

O presidente francês, Emmanuel Macron, e o ministro do Interior, Bruno Retailleau, estarão presentes no jogo, assim como ex-presidentes François Hollande e Nicolas Sarkozy. A seleção francesa, sob a direção do técnico Didier Deschamps, está ciente das tensões que cercam o evento. Em meio a um clima de preocupação e vigilância, a expectativa é que a partida ocorra sem incidentes, mas a situação continua a ser monitorada de perto pelas autoridades.

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