ACIF alerta para os impactos da redução da jornada e destaques de setores mais vulneráveis em Florianópolis

A Associação Empresarial de Florianópolis (ACIF) se une à Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (FACISC) e à Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) para alertar sobre os possíveis impactos da proposta de redução da jornada de trabalho de 44 para 36 horas semanais. As entidades enfatizam que a medida pode aumentar significativamente os custos operacionais, afetando principalmente pequenos e médios negócios, que representam a maior parte dos trabalhadores no Brasil.

Em Florianópolis, a estimativa é que a mudança atinja pelo menos 5.102 empresas e 38.216 postos de trabalho. Esses dados, baseados na Receita Federal e na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), indicam que setores altamente dependentes de escalas flexíveis e de mão de obra intensiva estão entre os mais vulneráveis. Entre os setores mais impactados estão: comércio varejista de mercadorias em geral (incluindo supermercados e hipermercados), farmácias, lojas de conveniência, padarias, transportes de cargas e passageiros, serviços de carga e descarga, hospitais, segurança privada, alimentação, hotelaria e até áreas essenciais como geração de energia e tratamento de água e esgoto.

O presidente da ACIF, Célio Bernardi, aponta os desafios que uma mudança traria para áreas como comércio, hotelaria e entretenimento, que dependem de escalas de trabalho flexíveis para atender à alta demanda, especialmente nos finais de semana. “Reduzir a jornada afetaria diretamente a economia, forçando muitas empresas a repensarem suas contratações. Isso pode levar a um aumento de custos e, em muitos casos, até ao fechamento de pequenos negócios”, afirma Bernardi. Ele destaca que atividades com atividades intensas nos finais de semana necessitariam de contratações adicionais, enquanto outros poderiam recorrer a cortes de pessoal para equilibrar as operações.

As entidades estão em diálogo com a bancada catarinense no Congresso Nacional, defendendo um debate amplo e fundamentado sobre o tema, com a participação dos setores econômicos afetados.

 O setor empresarial permanece vigilante e pede que o Congresso avalie cuidadosamente as implicações econômicas e sociais dessa mudança, considerando seu impacto na estrutura produtiva do país.

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