Golpista como Bolsonaro, Caiado culpa Lula por tentativa de assassinato de Alexandre de Moraes

Ronaldo Caiado, governador de Goiás. Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo

O governador bolsonarista de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), manifestou-se com duras críticas ao Governo Lula (PT) após o atentado na Praça dos Três Poderes, em Brasília, que ocorreu na quarta-feira (13) e causou a morte do ator do crime. Em uma publicação no X, antigo Twitter, nesta quinta-feira (14), Caiado responsabilizou a gestão petista pelo aumento do extremismo e do crime organizado no país.

Para o governador, os eventos recentes são reflexo de uma liderança fraca e apática, que tem permitido o avanço do crime organizado e do radicalismo.

“É o que tenho dito há alguns meses: com a falta de comando no país, na ausência de um líder forte, o extremismo e o crime organizado avançam. Num dia, faccionados se acham no direito de assassinar à luz do dia em pleno Aeroporto Internacional de Guarulhos. Três dias depois, assistimos, incrédulos, atentados contra a vida e a ordem, em atos terroristas na Suprema Corte e no Congresso Nacional”, publicou Caiado.

Segundo o governador, a gestão atual não tem uma resposta efetiva aos problemas graves que, em sua visão, estão tornando o Brasil mais vulnerável. Ele classificou o governo como “fraco e apático” e alertou que a omissão diante do crime organizado e do extremismo representa um risco crescente para a sociedade brasileira.

Na publicação, Caiado reforçou a necessidade de medidas rigorosas contra o crime organizado para evitar um cenário de desordem generalizada. Segundo ele, se ações mais duras não forem adotadas, o país poderá se tornar refém de facções criminosas, comprometendo a ordem pública.

“A verdade é que temos um Governo Federal fraco e apático, que se omite diante dos problemas mais graves que afligem o povo brasileiro e se ajoelha diante do avanço do crime organizado e do extremismo”, criticou o governador.

O político goiano afirmou que é preciso “agir de forma dura e enérgica” para impedir que o Brasil mergulhe em um estado de caos e perca o controle sobre a segurança. “Sob pena de nos transformarmos num país comandado pelo crime organizado e pela desordem”, complementou Caiado, destacando que o atentado em Brasília é um reflexo desse quadro de vulnerabilidade.

O caso:

Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, foi identificado como o responsável pelas explosões. Chaveiro e ex-candidato a vereador pelo PL, ele tentou acessar o prédio do STF na noite de quarta-feira, mas foi impedido pelos seguranças. Em seguida, dirigiu-se à estátua da Justiça, onde detonou os explosivos que carregava, perdendo a própria vida.

Em suas redes sociais, Francisco vinha publicando mensagens com teor religioso e político, e relatos indicam que ele teria planejado ataques adicionais. Em uma das mensagens enviadas a contatos, ele dizia ter escondido bombas em locais associados a figuras políticas, incluindo a casa do vice-presidente Geraldo Alckmin.

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