Bolsonarista Campos Neto critica possível fim da escala 6×1: “Reduz a produtividade”

Roberto Campos Neto, economista bolsonarista que preside o Banco Central. Foto: reprodução

O presidente do Banco Central indicado por Jair Bolsonaro (PL), Roberto Campos Neto, declarou na última quinta-feira (14) que a proposta apresentada pela deputada Érika Hilton (PSOL-SP), que elimina a escala de trabalho 6×1, pode trazer prejuízos para os trabalhadores e a economia. Durante evento em Vitória, no Espírito Santo, ele afirmou que a medida “aumenta o custo do trabalho, a informalidade e reduz a produtividade”.

Campos Neto enfatizou que a flexibilização das leis trabalhistas, implementada na reforma aprovada no governo Michel Temer, foi benéfica para o mercado de trabalho brasileiro. Segundo ele, ao elevar as obrigações dos empregadores, a proposta pode não melhorar efetivamente os direitos dos trabalhadores.

“A gente precisa continuar avançando essas reformas e entender que, no final das contas, aumentando a obrigação dos empregadores, a gente não melhora os direitos dos trabalhadores”, argumentou.

O ex-presidente Jair Bolsonaro e Campos Neto. Foto: reprodução

Em meio a um contexto de inflação global em desaceleração, Campos Neto destacou que na América Latina o processo de desinflação enfrenta desafios específicos. O bolsonarista ainda apontou que o aumento nos preços de alimentos e energia tem pressionado os índices inflacionários.

O pronunciamento do presidente do BC veio dias após o Comitê de Política Monetária (Copom) elevar a taxa básica de juros de 10,75% para 11,25% ao ano. Campos Neto defendeu a autonomia do Banco Central como uma “das maiores conquistas” recentes, reforçando que o mandato da instituição é manter a inflação dentro da meta estabelecida.

O economista também comentou a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais nos Estados Unidos, afirmando que políticas protecionistas podem impactar a inflação global. Ele citou que uma eventual deportação em massa no país pode causar um pico inflacionário, ressaltando os riscos de instabilidade fiscal e comercial no cenário internacional.

No campo da inovação, Campos Neto destacou os avanços do Banco Central com o Pix, que recentemente ganhou a funcionalidade por aproximação. Ele adiantou que novos recursos estão sendo desenvolvidos, incluindo a possibilidade de funcionamento semelhante ao de um cartão de crédito.

O presidente do BC também abordou a importância da tokenização e dos projetos de moeda digital, como o Drex. Contudo, alertou para a necessidade de avanços na regulação de criptoativos e stablecoins, reforçando que o Brasil já trabalha com grupos específicos para desenvolver essas iniciativas.

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