Militares presos por plano de assassinar Lula atuavam na segurança do G20 no Rio

O presidente Lula (PT): o petista era um dos alvos do plano do “kids pretos”. Foto: reprodução

A Polícia Federal (PF) prendeu, nesta terça-feira (19), quatro militares suspeitos de integrar um grupo que planejava um golpe de Estado em 2022 para impedir a posse do presidente Lula (PT) e atacar o Supremo Tribunal Federal (STF). Dois deles atuavam na segurança do G20 no Rio de Janeiro.

Entre os presos estão o general da reserva Mário Fernandes e os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rodrigo Bezerra Azevedo e Rafael Martins de Oliveira. Todos eles faziam parte das forças especiais do Exército, conhecidas como “kids pretos”, e foram localizados no Rio de Janeiro.

As investigações apontam que o plano, chamado “Punhal Verde e Amarelo”, tinha como objetivo, no dia 15 de dezembro de 2022, assassinar Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin, já diplomados na época, além de prender e executar o ministro Alexandre de Moraes, que estava sendo monitorado pelos envolvidos.

Bolsonaro e o general Mario Fernandes, um dos “kids pretos” preso pela PF nesta terça-feira (19) – Foto: Isac Nóbrega/Presidência da República

De acordo com a PF, dois desses militares, ainda na ativa, atuavam na segurança da cúpula de líderes mundiais no G20, evento que contou com a participação de Lula e outros chefes de Estado, como Joe Biden, presidente dos Estados Unidos.

Esses militares foram designados para a operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que atribui às Forças Armadas a responsabilidade pela segurança em ocasiões especiais, conforme informações do colunista Igor Gadelha, do Metrópoles. A GLO foi autorizada por Lula e deve seguir até a próxima quinta-feira (21).

A operação realizada pela PF incluiu o cumprimento de cinco mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão, além da aplicação de 15 medidas cautelares, como a entrega de passaportes, a proibição de contato entre os suspeitos e a suspensão de funções públicas exercidas por eles.

Os mandados foram executados em parceria com o Exército Brasileiro em estados como Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e no Distrito Federal, demonstrando a ampla dimensão das ações investigativas e de segurança.

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