Para pagar agiota mulher finge ser sequestrada e pede R$ 10 mil ao marido em SP

Uma mulher, de 27 anos, simulou o próprio sequestro na tentativa de quitar uma dívida com um agiota em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, segundo informações do SBT News. O caso ocorreu na madrugada desta terça-feira (19) e foi rapidamente desvendado pela Polícia Militar após uma série de mensagens e vídeos enviados pela vítima a seu marido.

De acordo com o relato da polícia, a mulher enviou ao esposo um vídeo no qual aparecia com uma corda amarrada ao pescoço, fingindo estar em cativeiro. Na gravação, ela implorava por ajuda enquanto um homem, supostamente o sequestrador, a ameaçava com uma arma.

O marido recebeu também mensagens e ligações em que os criminosos exigiam um resgate de R$ 10 mil para a libertação de sua esposa. Desesperado, ele acionou imediatamente a Polícia Militar, que iniciou uma operação para localizar a jovem.

O esforço foi recompensado poucas horas depois, quando a mulher foi encontrada e resgatada em uma área afastada da cidade.

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Sequestro fingido

No momento em que foi localizada, a mulher confessou à polícia que o sequestro era, na verdade, uma encenação. Ela explicou que havia perdido uma quantia significativa de dinheiro em investimentos na bolsa de valores e, para tentar recuperar o prejuízo, fez um novo empréstimo e reinvestiu na expectativa de um retorno financeiro. No entanto, a segunda operação também resultou em perdas financeiras.

Diante da situação, ela recorreu a um agiota para obter um empréstimo com a promessa de quitar a dívida com a venda de seu carro. No entanto, após o empréstimo não ser pago, o agiota passou a ameaçá-la, tomando o carro como garantia e pressionando-a para o pagamento. Foi nesse contexto de desespero que a jovem decidiu criar a história do sequestro.

As autoridades estão agora investigando a relação entre a mulher e o agiota, além das circunstâncias que a levaram a tomar essa atitude. A mulher poderá responder por falsa comunicação de crime, um crime previsto no Código Penal, além de ser investigada por possíveis envolvimentos com o agiota.

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