Dos 37 golpistas indiciados pela PF, 25 são ou foram militares

Braga Netto e Jair Bolsonaro (PL). Foto: Foto: Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) indiciou nesta quinta-feira (21) o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ex-integrantes de seu governo pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

Dos 37 indiciados, 25 são ou já foram militares, sendo que 24 têm ligação com o Exército e o outro é um ex-comandante da Marinha.

Entre os indiciados estão ex-ministros do governo Bolsonaro, generais, militares da ativa e da reserva, além de assessores do ex-presidente.

Entre os militares indiciados estão:

Ailton Gonçalves Moraes Barros: Capitão reformado do Exército acusado de intermediar inserção de dados ilegal em cartões de vacinação contra a Covid-19;

Alexandre Castilho Bitencourt da Silva: Coronel do Exército e um dos autores do documento golpista “Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa e Exército Brasileiro”;

Almir Garnier Santos: Ex-comandante da Marinha;

Anderson Lima de Moura: Coronel do Exército e um dos autores do documento de teor golpista “Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa e Exército Brasileiro”;

Angelo Martins Denicoli: Major da reserva do Exército que ocupou um cargo de direção no Ministério da Saúde na gestão Eduardo Pazuello;

Augusto Heleno Ribeiro Pereira: Ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e general da reserva do Exército;

General Augusto Heleno. Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

Bernardo Romão Correa Netto: Coronel acusado de integrar grupo responsável por incitar militares a aderirem a uma estratégia de intervenção militar para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT);

Carlos Giovani Delevati Pasini: Coronel do Exército suspeito de participar da confecção de documento golpista;

Cleverson Ney Magalhães: Coronel do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres;

Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira: Ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército;

Fabrício Moreira de Bastos: Coronel do Exército adido em Israel, supostamente envolvido com carta de teor golpista;

Giancarlo Gomes Rodrigues: Subtenente do Exército e um dos responsáveis por monitorar clandestinamente opositores políticos;

Guilherme Marques de Almeida: Tenente-coronel e ex-comandante do 1º Batalhão de Operações Psicológicas em Goiânia;

Hélio Ferreira Lima: Tenente-coronel do Exército identificado em conversas com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;

Jair Bolsonaro: Ex-presidente da República, ex-deputado federal, ex-vereador do Rio de Janeiro e capitão da reserva do Exército;

Laercio Vergililo: General da reserva;

Marcelo Costa Câmara: Coronel da reserva e ex-assessor de Bolsonaro;

Mario Fernandes: Ex-número 2 da Secretaria-Geral da Presidência e general da reserva suspeito de integrar um grupo que planejou o assassinato de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Mauro Cid: Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel do Exército (afastado das funções);

Nilton Diniz Rodrigues: General do Exército, também suspeito de envolvimento em trama golpista;

Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira: Ex-ministro da Defesa e ex-comandante do Exército;

Rafael Martins de Oliveira: Major e integrante do grupo ‘kids pretos’;

Ronald Ferreira de Araujo Junior: Oficial do Exército;

Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros: Tenente-coronel que fazia parte do “núcleo de desinformação e ataques ao sistema eleitoral”;

Walter Souza Braga Netto: General da reserva do Exército, ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente de Bolsonaro.

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