VÍDEO: “Ninguém do mercado tem mais responsabilidade fiscal do que eu”, diz Lula ao Fantástico

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Lula de chapéu, sério, pensativo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em entrevista ao Fantástico – Reprodução/TV Globo

Após passar seis dias internado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou, em entrevista ao Fantástico deste domingo (15), que está preparado para retomar suas atividades. O petista sinalizou que poderá voltar aos compromissos em Brasília a partir de quinta-feira (19) e aproveitou a ocasião para reforçar seu compromisso com a responsabilidade fiscal, criticar o mercado financeiro e questionar o patamar elevado da taxa básica de juros.

“Vou repetir: ninguém nesse país, do mercado, tem mais responsabilidade fiscal do que eu. […] Entreguei esse país, sabe, numa situação muito privilegiada. É isso que eu quero fazer outra vez. E não é o mercado que tem ficar preocupado com os gastos do governo. É o governo. Porque, se eu não controlar os gastos, se eu gastar mais do que eu tenho, quem vai pagar é o povo pobre”, pontuou.

Lula também voltou a criticar a taxa básica de juros, atualmente acima de 12%, classificando-a como um dos principais entraves para o crescimento econômico: “Nós fizemos aquilo que é possível fazer mandando [o pacote] para o Congresso Nacional. A única coisa errada nesse país é a taxa de juros estar acima de 12%. Essa é a coisa errada. Não há nenhuma explicação”.

Ao retornar à capital federal, o presidente enfrentará desafios significativos, especialmente na área econômica. As medidas propostas pelo governo para conter o aumento dos gastos públicos têm gerado críticas de parlamentares e do mercado financeiro, aumentando a pressão sobre o Palácio do Planalto.

Os projetos, que incluem cortes nas contas públicas, foram encaminhados ao Congresso Nacional, mas enfrentam resistência em meio a negociações intensas. A insatisfação crescente coloca o governo em uma corrida contra o tempo, já que o Congresso entrará em recesso no próximo dia 23 de dezembro.

Lideranças do governo estão empenhadas em garantir que os projetos sejam aprovados ainda neste ano. A agenda econômica se tornou prioridade para consolidar a credibilidade do terceiro mandato de Lula e evitar impactos negativos no início de 2025.

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