Braga Netto adota postura mais ‘agressiva’ e troca advogado por defensor na Lava Jato

O general da reserva Walter Braga Netto resolveu ser mais ‘agressivo’. Nesta quarta (18), ele informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que mudou sua defesa em processos que tramitam na Corte. Sai Luís Prata e entra o criminalista José Luis Oliveira Lima, que já foi advogado de políticos denunciados no Mensalão e na Lava Jato. Além disso, Lima também atuou como advogado do Pedro Guimarães, ex-presidente da Caixa Econômica Federal.

No último sábado (14), a Polícia Federal prendeu preventivamente o general quatro estrelas, o primeiro na história. O ex-ministro do governo Bolsonaro e candidato à vice-presidência nas últimas eleições foi detido, segundo a PF, por tentar obstruir as investigações sobre a tentativa de golpe em 2022.

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Braga Netto é um dos 40 indiciados no inquérito que apura a suposta tentativa de golpe de estado. Ele também teria tentado obter informações sigilosas do acordo de delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid.

A PF apontou os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Segundo a Polícia Federal, “as medidas judiciais têm como objetivo evitar a reiteração das ações ilícitas”.

A investigação que indiciou Braga Netto por suposta tentativa de golpe também acusou Jair Bolsonaro e mais 38 pessoas por envolvimento no suposto esquema.

Sobre o ex-ministro, a corporação afirmou que “os elementos probatórios obtidos ao longo da investigação evidenciam a sua participação concreta nos atos relacionados a tentativa de Golpe de Estado e da Abolição do Estado Democrático de Direito, inclusive na tentativa de embaraçamento e obstrução do presente procedimento”.

Ainda segundo a Polícia Federal, Braga Netto tinha conhecimento e aprovou os planos articulados para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Conforme as investigações, um grupo de militares das forças especiais, os kid pretos, teria se reunido na casa de Braga Netto, em novembro de 2022, para “apresentar o planejamento das ações clandestinas para dar suporte às medidas necessárias para tentar impedir a posse do governo eleito e restringir o exercício do Poder Judiciário”. Uma dessas medidas seria o assassinato do presidente Lula, do vice Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes.

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