Trump diz ser contra projeto para impedir paralização de governo dos EUA, afirma TV

O presidente eleito Donald Trump disse à Fox News que é “totalmente contra” um projeto de lei proposto para o financiamento do governo, ameaçando vetar uma medida provisória que manteria o governo aberto até meados de março.

Trump fez o comentário em uma conversa com o co-apresentador do “Fox and Friends”, Lawrence Jones, que mencionou a declaração em uma postagem nas redes sociais nesta quarta-feira (18).

O pacote, revelado no início desta semana, prevê, em grande parte, que o governo continue a gastar nos níveis atuais pelos próximos três meses. Mas também há algumas benesses: o projeto destina US$ 100 bilhões em ajuda a desastres após furacões devastadores e o colapso da Ponte Key de Baltimore, estende a lei agrícola por um ano com US$ 10 bilhões em pagamentos adicionais de ajuda a agricultores e aloca US$ 500 milhões para fundos de creches.

Se o projeto não passar, o governo pode enfrentar uma paralisação parcial já no sábado (21). Mas se a legislação for aprovada, isso adiaria a próxima disputa de financiamento até meados de março, quando o recém-eleito 119º Congresso poderá aprovar um financiamento federal mais permanente.

A legislação inclui uma série de itens que muitas vezes podem ser considerados “pílulas venenosas” para projetos de lei de gastos provisórios, que costumam ser reduzidos ao essencial. Essas políticas incluem disposições sobre pornografia “deepfake” gerada por inteligência artificial, restrições a investimentos dos EUA na China e a transferência do Estádio RFK para o Distrito de Columbia, abrindo caminho para que o time de futebol NFL Commanders mude seus jogos para o local.

O texto não contém uma disposição que congela os salários do Congresso, permitindo que um ajuste automático de custo de vida entre em vigor pela primeira vez desde 2009. Os membros do Congresso atualmente recebem US$ 174 mil por ano.

Trump não pode vetar o projeto; ele não será presidente até o dia 20 de janeiro. Mas ele demonstrou disposição para usar sua influência sobre os legisladores republicanos para se opor a projetos de lei de gastos, como em setembro, quando tentou atrasar a aprovação de um projeto semelhante como alavanca para conseguir uma lei de identificação de eleitores que ele apoiava. O Congresso acabou aprovando uma extensão de gastos de três meses sem a disposição sobre eleições.

Trump disse à Fox News que acredita que a “luta começa agora”, em vez de esperar até ser empossado, disse Lawrence em uma postagem adicional. A rede subsequentemente reportou a conversa no ar.

Durante seu primeiro mandato, Trump presidiu duas paralisações do governo — uma durando um recorde de 35 dias em um período pós-eleitoral após as eleições de meio de mandato de 2018.

O projeto de lei de gastos provisórios liberado na noite de terça-feira (17) foi recebido com resistência por parte dos dois homens que Trump nomeou para conter os gastos do governo: o CEO da Tesla e SpaceX, Elon Musk, e o ex-candidato presidencial Vivek Ramaswamy.

Ramaswamy disse que o projeto está “cheio de gastos excessivos, doações a interesses especiais e política de ‘pork barrel’”. O termo “pork barrel”, ou “barril de porco”, é usado nos Estados Unidos para descrever a alocação de fundos para projetos locais para garantir apoio e votos dos eleitores.

Musk postou uma foto do que parecia ser uma impressão do projeto de lei de 1.547 páginas, dizendo: “Já viu um pedaço maior de ‘pork’?” Em uma postagem separada, ele acrescentou: “quanto mais aprendo, mais óbvio se torna que este projeto de lei de gastos é um crime.”

Juntos, Musk e Ramaswamy liderarão uma organização chamada Departamento de Eficiência do Governo, um esforço vagamente organizado e impulsionado pela tecnologia para conter os gastos federais. O presidente da Câmara, Mike Johnson, disse à Fox News na quarta-feira que estava trocando mensagens com a dupla para abordar suas preocupações.

© 2024 Bloomberg L.P.

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