Dólar fecha em alta de 1,87% com fiscal no radar e ganhos no exterior

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O dólar comercial chegou a subir 2% em relação ao real, em sintonia com o avanço da moeda norte-americana no exterior, em um início de semana com agenda relativamente esvaziada e com tendência de menor liquidez antes do Natal. Não fechou na máxima, mas ainda assim registrou ganho expressivo.

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Qual é a cotação do dólar hoje?

A moeda americana fechou a sessão desta segunda-feira (23) a R$ 6,185 na compra e R$ 6,186 na venda. Na máxima do dia, a divisa chegou a ser negociada a R$ 6,20 na compra. O dólar futuro operava em alta de 1,57% e era negociado a R$ 6,195.

Na sexta-feira o dólar à vista fechou em baixa de 0,87%, cotado a 6,0710 reais. Ainda assim, no acumulado da semana passada, marcada por forte volatilidade nos mercados, a divisa subiu 0,69%, em meio à desconfiança dos investidores na política fiscal do governo.

O Banco Central fez nesta segunda leilão de até 15.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 3 de fevereiro de 2025. Ao contrário de sessões anteriores, a autarquia não anunciou nenhuma operação extra.

Dólar comercial

  • Compra: R$ 6,197
  • Venda: R$ 6,197

Dólar turismo

  • Compra: R$ 6,228
  • Venda: R$ 6,408

O que acontece com dólar hoje?

No exterior, investidores ainda digerem a mais recente série de reuniões de bancos centrais. Na semana passada o Federal Reserve surpreendeu os mercados ao projetar um ritmo moderado de cortes na taxa de juros, fazendo com que os rendimentos dos Treasuries e o dólar subissem. Esta perspectiva segue permeando os negócios nesta segunda-feira, com o dólar e os rendimentos em alta.

Internamente, as preocupações dos investidores seguem voltadas para a área fiscal do governo, ainda que na sexta-feira o Senado tenha concluído a votação do pacote de medidas para segurar os gastos públicos. Com o Congresso em recesso até fevereiro, Brasília também vai diminuindo o ritmo neste fim de ano.

Destaque na agenda do dia, a pesquisa Focus mostrou que as expectativas de inflação estão cada vez mais desancoradas. A projeção do mercado para a alta do IPCA em 2024 passou de 4,89% para 4,91% e em 2025 foi de 4,60% para 4,84% — em ambos os casos bem acima da meta contínua de inflação perseguida pelo BC, de 3%.

O cenário para o câmbio também revela pressão, com projeção de dólar a 6,00 reais no fim deste ano e a 5,90 reais no encerramento do próximo.

Nesta manhã o BC informou, por meio das Estatísticas do Setor Externo, que o Brasil registrou déficit de 3,060 bilhões de dólares na conta corrente do balanço de pagamentos em novembro, pouco abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters com especialistas, de saldo negativo de 3,344 bilhões de dólares.

O déficit foi mais do que compensado pelo saldo positivo de investimento direto no país (IDP), de 6,956 bilhões de dólares.

(Com Reuters)

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