“Se Lira foi dormir triste, a gente dorme feliz”, diz presidente do PSOL sobre emendas

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Paula Coradi, presidente nacional do PSOL, afirmou que o partido vai fiscalizar manobras na Câmara dos Deputados para tentar liberar emendas parlamentares sem transparência em 2025. A sigla é autora da ação no Supremo Tribunal Federal (STF) que motivou a suspensão dos recursos.

“Foi uma decisão muito importante, fundamental para garantir o princípio básico da transparência”, diz Coradi à coluna Painel na Folha de S.Paulo. Ela afirma que a sigla resolveu protocolar a ação após receber denúncias de que parlamentares estariam tentando burlar determinação do ministro Flávio Dino, do STF.

“Quando a gente percebeu que o Arthur Lira começou a manobrar para destinar as emendas sem transparência, vimos que estava ferindo a decisão do Flávio Dino”, prosseguiu. Ela ainda argumenta que o PSOL tomou uma decisão autônoma, sem consultar outros partidos da base aliada.

A presidente nacional do PSOL, Paula Coradi. Foto: Divulgação

Coradi defende que a sigla precisava de “autonomia” para prosseguir com a ação e que o processo protocolado no Supremo acabou ajudando o governo Lula.

A chefe do PSOL também zomba do presidente da Câmara dos Deputados, com quem o partido tem uma briga antiga, e diz ter estragado seu final de ano. “Se o Lira foi dormir triste neste final de ano, então a gente dorme feliz”, completa.

O partido pediu ao Supremo a suspensão da execução obrigatória de emendas apresentadas por deputados federais e senadores ao Orçamento da União em agosto deste ano. A ação acabou fazendo Dino suspender o pagamento de R$ 4,2 bilhões em recursos do Congresso Nacional.

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