Carnaval 2025: com dois circuitos, PJF estima 280 mil pessoas durante os 16 dias de folia

carnaval juiz de fora

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(Foto: Felipe Couri)

Na primeira entrevista coletiva à imprensa desde que assumirem as novas pastas, Eduardo Crochet, secretário de Turismo, e Rogério de Freitas, diretor-geral da Funalfa, apresentaram o planejamento e a organização para os blocos de rua do ccaarnaval de 2025 em Juiz de Fora. Além disso, novidades foram anunciadas pelos integrantes da atual gestão.

“Queremos que seja uma festa divertida para o cidadão de Juiz de Fora e para os moradores da cidade, que resolvem ficar aqui. Além disso, buscamos trazer pessoas de fora do município”, destacou de início o titular do Turismo. De acordo com Crochet, o diferencial do carnaval será “melhor infraestrutura para os blocos, mais conforto para o folião, mais segurança e limpeza, cuidado com a saúde e melhor fluidez do transito”.

Até o momento, conforme a prefeitura, são 74 blocos pré-cadastrados, sendo que o processo ainda não fechou e o número pode, por isso, aumentar. O carnaval de 2025 contará com 16 dias de folia: 14, 15 e 16 de fevereiro, além do período entre 21 do mesmo mês a 5 de março. A expectativa de público para a folia, somando todos os dias de realização, é de cerca de 280 mil pessoas, mas buscando um público maior. “A infraestrutura é pensada e dimensionada para essa quantidade de foliões.”

Além disso, a ideia da organização é integrar diferentes públicos, com diversidade de ritmo nos blocos (samba, funk, marchinhas, música étnica, eletrônica, entre outros) e blocos voltados para diversos grupos: terceira idade, matinês infantis e pets, por exemplo. Todas as regiões da cidade também receberão a festa, segundo a PJF: 25 bairros – alguns com mais de uma localidade -, desde a zona rural até a região central. “Todos os locais com a mesma qualidade”, ressalta Rogério de Freitas.

Novidades do carnaval 2025

Como novidades para o carnaval 2025, foi anunciada a oficialização de dois circuitos da folia, para blocos com deslocamento: o tradicional Parque-Estação, que concentra no Parque Halfeld e desfila até a Praça da Estação; e o Roza-Estação, que faz a concentração embaixo do Viaduto Roza Cabinda, passa pela Avenida Francisco Bernardino e dispersa também na Praça da Estação. Segundo Eduardo Crochet, os circuitos vão receber infraestrutura já pensada para esse ambiente. “O impacto no trânsito será reduzido, já que não haverá desvio pela Avenida Getúlio Vargas, e, sim, pela Rua Halfeld. Alguns blocos ainda podem parar pela avenida, mas o circuito oficial é esse.”

Essa iniciativa, conforme o secretário de Turismo, também favorece a pasta, já que ajuda a captar recursos, investimentos e parceiros para o carnaval. “Dessa forma, é possível apresentar uma maior visibilidade para a marca e favorecer a operação de bares e outros produtos. Assim, agregar ao nosso evento.”

Outro lado do carnaval será marcado pelas “arenas da folia”, que se referem aos blocos sem deslocamento. Na região central de Juiz de Fora, serão montados dois palcos para a folia: um na Praça Antônio Carlos e outro na Praça da Estação. As estruturas estarão preparadas para receber a população durante todo o período proposto e a ideia é agregar os públicos de diferentes blocos nesses locais, como explica Crochet. Além disso, afirma que o intuito é promover apresentação de artistas da região e de fora.

“O palco da Praça Antônio Carlos é destinado aos blocos sem deslocamento, para que as pessoas fiquem no local. Já os de médio e pequeno porte serão direcionados à Praça da Estação. Nos dois casos, a operação incluirá banheiros, postos de hidratação e outras estruturas, com melhorias inclusive no som, para uma melhor experiência aos foliões. Quem não gosta de carnaval, os circuitos contam com outras linguagens e artistas.”

Desfile das escolas de samba segue indefinido

Na coletiva, foi relatado que ainda será necessário realizar reuniões com a Liga Independente das Escolas de Samba de Juiz de Fora (Liesjuf) para definir a situação dos desfiles das escolas de samba no carnaval. Em matéria publicada pela Tribuna no final de novembro de 2024, foi apurado que a Liga ainda está discutindo a questão da mudança de local – da Avenida Brasil para a Avenida Garcia Rodrigues Paes, no Bairro Barbosa Lage – com todos os grupos de escola de samba, que ainda não entraram em acordo sobre a decisão.

Uma das principais queixas é a distância do local. Em relação a isso, a Funalfa destacou que a distância do Centro foi justamente o ponto de partida da revisão, por ser o bairro com o maior volume do trânsito na cidade e por receber também boa parte do fluxo de quem vem para a cidade, “não comportando mais um evento cuja a montagem e desmontagem das estruturas se estende por vários dias”.

Outro ponto levado em consideração é o inquérito civil instaurado pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), que apura a regularidade das despesas realizadas pela Liesjuf com os recursos recebidos do Poder Público Municipal. Na ocasião, foram evidenciadas práticas de fraude na prestação de contas relativas ao carnaval de 2023 em Juiz de Fora, a partir de notas fiscais de serviços que não foram efetivamente prestados. Mediante à gravidade da situação, o órgão fez recomendações à Funalfa em relação a providências de eventual sancionamento, transferência de recursos para o carnaval de 2025 e controle dos contratos.

A Tribuna também questionou a administração municipal a respeito de uma das promessas do Turismo: divulgar dados, como o número de pessoas que viaja a Juiz de Fora para o carnaval e o investimento realizado pela Prefeitura no evento – o que não foi cumprido até o momento. Os titulares do quadro do secretariado afirmaram que ainda não havia uma metodologia de aplicação de pesquisa para o turismo antes e durante o evento. “A ideia, em 2025, é fazer um plano de marca para a festa, que o apresenta tanto para a região como para o Brasil. Desta forma, obter os dados de forma mais objetiva para utilizá-los em 2026.”

Já sobre o investimento, Eduardo Crochet destacou a possibilidade de realizar um balanço tanto antes, incluindo o quanto a gestão pretende investir, como o que a Prefeitura conseguiu captar de investimentos. “Quanto mais consolidado o nosso circuito, maior será a nossa capacidade de captar recursos. É uma construção”, reforça Rogério de Freitas.

*Sob supervisão da editora Cecília Itaborahy

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