Guinada à direita: Meta encerra checagem em suas redes e “contrata” amigo de Trump

Logo da Meta, empresa responsável pelo Facebook, Instagram e WhatsApp – Foto: Reprodução

Seguindo os passos do X, de Elon Musk, a Meta, proprietária do Facebook, do Instagram e do Whatsapp também está dando sua guinada à direita.

Nesta terça-feira (7) a bigtech anunciou que irá descontinuar seu programa de checagem de fatos e substituí-lo pelo sistema de “notas de comunidade”, semelhante ao utilizado pelo X.

Segundo Mark Zuckerberg, CEO da companhia, a mudança será implementada inicialmente nos EUA e permitirá que os próprios usuários adicionem informações contextuais a publicações consideradas enganosas ou polêmicas.

O objetivo das “notas de comunidade” é oferecer maior contexto aos conteúdos publicados, enquanto a empresa foca em combater violações mais graves de políticas de uso, mas o efeito colateral é que ele pode, tal qual vem sendo feito no antigo Twitter, ser instrumentalizado por usuários de extrema-direita para desmentir informações corretas, colaborando assim com a disseminação da desinformação nas redes.

“Agora, nosso foco será em filtros para combater violações legais e de alta gravidade. Para casos de menor gravidade, iremos depender de denúncias antes de tomar qualquer ação”, declarou Zuckerberg.

 

Dana White, chefão do UFC e aliado de Trump

Além dessa mudança, o conglomerado de tecnologia também anunciou a inclusão de três novos membros em seu conselho de administração. O nome que mais se destaca é o de Dana White, CEO do Ultimate Fighting Championship (UFC).

O executivo é amplamente reconhecido por transformar o UFC em um dos maiores negócios de esportes e entretenimento do mundo e é amigo pessoal de Mark Zuckerberg, que, por sua vez, se tornou um praticante frequente de MMA, chegando a desafiar o magnata Elon Musk para um combate.

Mark Zuckenberg e Dana White: o dono da Meta chamou o CEO do UFC para o Conselho da Meta. Foto: Getty Images

Além disso, White tem fortes vínculos com o presidente eleito Donald Trump. O CEO do UFC foi um aliado de Trump durante sua campanha, participando de eventos-chave e ajudando a fortalecer a popularidade do republicano entre eleitores mais jovens.

A nomeação de Joel Kaplan, um executivo com fortes laços com o Partido Republicano, para o cargo de chefe de políticas, também sinaliza os esforços de Zuckerberg para estreitar relações com Trump, que anteriormente havia criticado a Meta. Essa aproximação culminou até mesmo em um jantar na residência de Trump, em Mar-a-Lago, no mês de novembro.

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