Santa Catarina já tem 274 mulheres inscritas no alistamento militar feminino

Santa Catarina já registra um marco histórico: pelo menos 274 mulheres se inscreveram para o alistamento militar feminino voluntário em 2025, segundo informações divulgadas na última quinta-feira (9) pelo Comando da 5ª Região Militar.

Essa novidade reflete um avanço significativo no processo de inclusão das mulheres nas Forças Armadas, sendo a primeira vez na história do Brasil que elas podem participar do serviço militar inicial.

O período de inscrições, iniciado em 1º de janeiro, segue até 30 de junho e marca o início de uma nova etapa para as Forças Armadas. Em Santa Catarina, as oportunidades para o alistamento feminino concentram-se na Marinha, em Florianópolis.

Apesar do entusiasmo crescente, o Ministério da Defesa ainda definirá o número de vagas no estado e os locais de atuação das futuras recrutas.

No âmbito nacional, as Forças Armadas disponibilizarão 1.465 vagas distribuídas entre Exército (1.010), Aeronáutica (300) e Marinha (155). Até 3 de janeiro, mais de 7 mil mulheres já haviam se inscrito em Brasília e em outras 28 cidades espalhadas por 13 estados. Atualmente, as mulheres representam cerca de 10% do efetivo militar brasileiro, totalizando aproximadamente 37 mil integrantes.

De acordo com o Decreto nº 12.154, o serviço militar terá duração inicial de 12 meses, com possibilidade de prorrogação por até oito anos. As mulheres selecionadas iniciarão suas atividades em 2026, sendo incorporadas no 1º ou 2º semestre como soldados (Exército e Aeronáutica) ou marinheiras-recrutas (Marinha), com os mesmos direitos e deveres dos homens.

O Ministério da Defesa tem planos ambiciosos para aumentar a representatividade feminina, estabelecendo a meta de que 20% das vagas do Serviço Militar Inicial sejam ocupadas por mulheres nos próximos anos.

As interessadas devem cumprir os seguintes requisitos: residir em um dos municípios previstos no Plano Geral de Convocação e completar 18 anos em 2025, sendo, portanto, nascidas em 2007.

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Entre os documentos exigidos estão certidão de nascimento ou prova de naturalização, comprovante de residência e documento oficial com foto, como RG ou carteira de trabalho. O processo é feito exclusivamente pela internet, tornando o procedimento mais acessível e prático para as candidatas.

A abertura do alistamento feminino representa um passo fundamental na democratização do acesso às Forças Armadas e na valorização do papel das mulheres na defesa nacional.

Esse processo reflete não apenas uma conquista histórica, mas também uma transformação gradual rumo à equidade de gênero em um setor tradicionalmente dominado por homens.

As primeiras mulheres a ocuparem essas vagas em 2026 carregarão consigo o peso de abrir portas e inspirar futuras gerações. A jornada começa agora, com cada inscrição sendo um testemunho de determinação e mudança.

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