Minério de ferro: por que BBI e Morgan veem preços se mantendo em US$ 100 a tonelada

Minério de ferro

Embora o minério de ferro e o aço tenham começado o ano sem grande ânimo em termos de preços, o Bradesco BBI avalia que as esperanças renovadas por novas medidas de estímulo na China ajudaram a sustentar os preços do minério de ferro para perto da marca de US$ 100 por tonelada.

O BBI também aponta que a China divulgou seu maior superávit comercial desde fevereiro, parcialmente explicado pela preocupação com potenciais tarifas adicionais dos EUA.

Em relação aos dados do setor, o banco destaca que a utilização de altos-fornos (BF) na China caiu pela oitava semana consecutiva, permanecendo abaixo de 85%, (ii) os estoques consolidados de aço na China subiram mais 2% na comparação semanal, o comércio spot de aço para construção teve uma média baixa de 85 mil tonelada por dia, e os estoques de minério de ferro nos principais portos chineses subiram 2,0 mt (milhões de toneladas) semanalmente (WoW), atingindo 146,6 mt.

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Fora da China, o spread metálico nos EUA caiu US$ 20/t, para US$ 415/t, devido à redução nos preços da sucata, enquanto os preços das barras de aço da Turquia caíram mais US$ 7,5/t semana a semana, para US$ 555 a tonelada.

No Brasil, os produtores de aço plano implementaram com sucesso os aumentos planejados de 5 a 8% nos preços dos produtos de aço plano, enquanto os preços do aço longo permaneceram estáveis, com ampla disponibilidade de material importado. O BBI manteve recomendação de compra para as ações da Vale (VALE3).

O Morgan Stanley, por sua vez, comenta que um modesto excedente pode manter os preços médios acima de US$ 100 por tonelada, mas a expansão da mina de Simandou, que fica na Guiné, pode aumentar a pressão de baixa sobre os preços do minério além de 2025.

Por outro lado, o Morgan espera que a demanda global por minério de ferro deva crescer marginalmente em 0,2% em 2025 (-2,5% na China), colocando um foco maior no desempenho da oferta.

O crescimento limitado da produção pelas principais mineradoras e a dependência da FMG e da Mineral Resources para aumentos de capacidade podem oferecer uma leve alta nos preços no primeiro trimestre deste ano (1T25) (US$ 112 por tonelada). No entanto, os preços provavelmente recuarão no 2T25 (US$ 100 por tonelada), com a entrada de Simandou em 2026 possivelmente gerando maiores excedentes e novas quedas nos preços.

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