Queda em transações via Pix não tem relação com fake news, diz Banco Central

Prédio sede do Banco Central, em Brasília. Foto: reprodução

O Banco Central esclareceu, nesta quarta-feira (15), que a redução no volume de transações do Pix em janeiro, comparada a dezembro, segue um padrão sazonal e não reflete impacto das fake news que circulam nas redes sociais sobre uma suposta taxação do sistema. Apesar da queda mensal, o número de transações manteve crescimento expressivo na comparação anual, em linha com as expectativas do BC.

Entre os dias 1.º e 14 de janeiro de 2025, foram realizadas 2,28 bilhões de operações via Pix, 15% a menos que o mesmo período de dezembro de 2024, quando o volume atingiu 2,69 bilhões. Contudo, em relação a janeiro de 2024, quando ocorreram 1,75 bilhão de transações, o aumento foi de 30%, confirmando o fortalecimento contínuo do meio de pagamento.

Desde o início do ano, informações falsas sobre a criação de impostos ou tarifas para o Pix têm circulado nas redes sociais, fomentadas por opositores ao governo.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Receita Federal reforçaram que o Pix permanece gratuito para pessoas físicas e sem mudanças que impliquem em custos adicionais para os usuários.

A Receita implementou novas regras para fiscalizar movimentações financeiras, exigindo a prestação de contas de valores mensais iguais ou superiores a R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para empresas, abrangendo tanto o Pix quanto outras formas de pagamento.

Aplicativo Pix aberto em celular. Foto: ilustração

Essa medida tem como objetivo evitar fraudes fiscais e reduzir erros na declaração de impostos, mas não está relacionada a qualquer tipo de taxação do Pix.

O Banco Central prevê que inovações no Pix este ano devem impulsionar ainda mais sua utilização:

1. Pix por aproximação: já em fase de implementação, permitirá pagamentos aproximando o celular de máquinas compatíveis, semelhante ao uso de cartões contactless.
2. Pix automático: com lançamento previsto para junho, permitirá programar pagamentos recorrentes, como contas de água, luz e mensalidades escolares, sem a necessidade de convênios específicos entre as instituições.
3. Melhorias no mecanismo de devolução: o BC está aprimorando as ferramentas para rastrear e reverter valores transferidos em golpes ou fraudes, aumentando a segurança dos usuários.

O BC destaca que o Pix continua sendo o meio de pagamento mais prático e acessível para pessoas físicas e jurídicas no Brasil. O impacto das fake news tem sido limitado, e a expectativa é de que o sistema continue crescendo com a confiança dos usuários e as melhorias programadas para este ano.

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