Sem provas, Netanyahu acusa Hamas de ‘extorsão’ e ameaça postergar cessar-fogo

Benjamin Netanyahu: primeiro-ministro de Israel declarou que o gabinete israelense não aprovará o cessar-fogo com o Hamas – Foto: Reprodução

Nesta quinta-feira (16), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que o gabinete israelense não aprovará o cessar-fogo com o Hamas até que o grupo aceite todos os itens do acordo mediado. Netanyahu acusou o Hamas de promover uma “extorsão de último minuto”, mas não apresentou detalhes ou provas sobre a declaração.

O cessar-fogo, negociado no Qatar, previa o início no domingo (19) e incluía a troca de reféns e prisioneiros em etapas. Apesar disso, Netanyahu afirmou que o gabinete só deliberará quando os mediadores confirmarem o pleno comprometimento do Hamas. O grupo, por sua vez, afirmou em comunicado no Telegram que concorda com as condições apresentadas.

O Qatar confirmou que a primeira fase do acordo durará 42 dias, com detalhes das fases seguintes sendo negociados durante a implementação inicial. O primeiro-ministro qatari, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, ressaltou a importância de ambas as partes cumprirem o pacto para evitar mais mortes de civis.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Foto: Erin Scott/Official White House Photo

Nos EUA, o presidente Joe Biden destacou que cidadãos americanos estarão entre os primeiros reféns libertados. Ele também afirmou que o objetivo é encontrar uma solução definitiva para a guerra nas próximas seis semanas, mas que o cessar-fogo seguirá independentemente de um consenso final entre as partes.

Netanyahu, que antes prometeu a aniquilação completa do Hamas, enfrenta críticas por aceitar o pacto, visto como uma ruptura com seu discurso inicial. Enquanto isso, a União Europeia saudou o acordo, com a comissária Dubravka Suica destacando que ele trará alívio às pessoas afetadas pelo conflito.

A ONU reforçou a necessidade de entrada imediata de ajuda humanitária em Gaza, citando a fome e o frio enfrentados pela população civil. Bombardeios intensos deixaram a região em situação de emergência, com milhares de pessoas desabrigadas e sem acesso a recursos básicos.

 

Conheça as redes sociais do DCM:

⚪️Facebook: https://www.facebook.com/diariodocentrodomundo

🟣Threads: https://www.threads.net/@dcm_on_line

Adicionar aos favoritos o Link permanente.