Dólar hoje sobe a R$ 6,06 com cautela antes da posse de Trump, mas cai 0,6% na semana

alta do dólar

Em sessão marcada pela expectativa antes da posse do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o dólar oscilou entre altas e baixas nesta sexta-feira e encerrou o dia próximo da estabilidade, na faixa dos 6,06 reais, ainda que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tenha defendido que a divisa esteja “cara” para os fundamentos do país.

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Qual é a cotação do dólar hoje?

O dólar à vista fechou em leve alta de 0,16%, aos 6,0650 reais. Na semana, porém, a moeda acumulou baixa de 0,62%. Às 17h09, na B3, o dólar para fevereiro — atualmente o mais líquido — subia 0,16%, aos 6,0770 reais.

Dólar comercial

  • Compra: R$ 6,065
  • Venda: R$ 6,065

Dólar turismo

  • Compra: R$ 6,133
  • Venda: R$ 6,313

O que acontece com o dólar hoje?

Com a iminência do retorno de Trump à Casa Branca, os investidores estão com as atenções voltadas para os EUA, uma vez que buscam saber com que agressividade e rapidez o presidente eleito implementará suas promessas de campanha, incluindo controle mais rígido da inflação e tarifas de importação.

Nesse ponto, os mercados digeriam comentários do indicado de Trump para comandar o Departamento do Tesouro, Scott Bessent, durante audiência no Senado na véspera, com analistas projetando que o veterano de Wall Street possa levar uma abordagem mais cautelosa para as políticas do novo governo.

Bessent defendeu que o dólar continue sendo a moeda de reserva global e argumentou que a implementação de tarifas pelo novo governo poderia ser tanto um meio para se combater práticas comerciais injustas no exterior como uma ferramenta de negociação.

Os agentes financeiros também continuam precificando as chances do Federal Reserve reduzir ainda mais a taxa de juros este ano, após comentários de um membro do Fed e dados econômicos que elevaram a expectativa por um maior afrouxamento da política monetária.

O diretor do banco central norte-americano Christopher Waller disse na quinta que a inflação deve continuar desacelerando no país, permitindo, possivelmente, que o Fed reduza os juros mais cedo e mais rápido do que o esperado.

Uma leitura de inflação na quarta-feira ainda mostrou que o núcleo dos preços ao consumidor desacelerou em dezembro, aproximando o Fed de atingir sua meta de 2%.

Operadores precificam 43 pontos-base acumulados de cortes por parte do Fed até o fim do ano, com os juros permanecendo inalterados na reunião deste mês.

O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,10%, a 109,080.

Do outro lado do mundo, o Banco do Japão realiza sua reunião de política monetária na próxima semana, com ampla expectativa que as autoridades voltem a elevar a taxa de juros do país, o que pode impactar os mercados de câmbio.

Nos mercados emergentes, repercutiam dados econômicos da China, maior importador de matérias-primas do planeta, que apresentou uma expansão acima do esperado no quarto trimestre do ano passado, atingindo a meta de crescimento do governo de 5% para 2024.

“Em um dia de agenda um pouco mais fraca, os destaques foram para os dados econômicos chineses, que mostraram um desempenho melhor do que se esperava para o país”, disse Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado.

Na esteira dos dados da China, o peso mexicano e o rand sul-africano ganhavam sobre o dólar.

Na cena doméstica, o início do ano tem sido marcado por falta de notícias e poucos dados relevantes, com os investidores deixando de lado temporariamente os receios com o cenário fiscal brasileiro, à medida que observam o cenário externo.

O mercado acompanhará mais tarde uma entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à CNN Brasil, em busca de sinais sobre os planos do governo para 2025.

(com Reuters)

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