Mercado Livre anuncia fim do Mercado Shops – veja como pode beneficiar LWSA na Bolsa

O Mercado Livre anunciou no fim da semana passada que irá encerrar a ferramenta de e-commerce Mercado Shops – ele deixará de estar disponível em 31 de dezembro de 2025. O Mercado Shops é diferente de um marketplace, uma vez que nele é possível criar a loja virtual com mais identidade de marca, podendo ser personalizada com logo, cores, tipografias, banners, carrosséis e produtos em destaque.

Os atuais usuários da ferramenta podem continuar a vender através da solução até o último dia do ano; depois disso, esses vendedores podem migrar para a solução “Minha Página” do Mercado Livre, que é a loja proprietária do vendedor dentro do marketplace da empresa (e que não pode ser integrada a outras plataformas).

A solução conta com ferramentas específicas para aumentar a conversão através da personalização da loja (incluindo recursos de branding) e a oferta de cupons de vendas, descontos exclusivos, entre outros.

O Mercado Livre está oferecendo um período de 3 meses para que os vendedores usem a solução “Minha Página” gratuitamente e cobrará R$ 99 por mês após esse período. A companhia está direcionando aqueles vendedores que desejam ter lojas disponíveis em outras plataformas de marketplace para outros integradores de software de e-commerce, como Nuvemshop, LWSA (LWSA3), Shopify, WooCommerce e Vtex.

Desta forma, avalia a equipe de análise do Itaú BBA, essa é uma boa notícia para os players de software para o e-commerce, especialmente para a LWSA.

“Este anúncio reforça os esforços do Mercado Livre para solidificar seus vendedores dentro de sua plataforma líder, alinhando-se à sua estratégia de monetização da plataforma. Dito isso, acreditamos que os vendedores ainda veem grande valor em ter uma solução que possa ser integrada em várias plataformas de vendas para diversificar os canais”, avalia.

O BBA acredita que a maioria dos vendedores do Mercado Shops é formada por pequenas e médias empresas (PMEs), que provavelmente migrarão para outros players de software de e-commerce no segmento.

“Em nossa cobertura, a LWSA é provavelmente a principal beneficiária dessa mudança, pois oferece integração com todas as principais plataformas do país. No entanto, destacamos que esse movimento deve ser gradual. As ações caíram significativamente e parecem baratas. Estamos aguardando uma melhora no momentum para mudar nossa visão de forma mais positiva, mas reconhecemos que a assimetria risco-recompensa parece positiva neste nível de preço (15 vezes o preço sobre lucro, ou P/L, esperado para 2025)”, apontam os analistas. A recomendação do BBA para LWSA3 é marketperform (desempenho em linha com a média do mercado, equivalente à neutra), com preço-alvo de R$ 7,20. Às 13h20 (horário de Brasília) desta segunda, os ativos LWSA3 subiam 3,30%, a R$ 3,13.

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