VÍDEO – Zelensky volta a atacar Lula por mediação sobre a guerra: “Não é mais um player”

presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, falando em microfone, sério, com bandeiras ao fundo
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky – Reprodução

Durante o Fórum Econômico Mundial, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que o Brasil perdeu a oportunidade de mediar negociações de paz entre seu país e a Rússia. Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não é mais relevante no contexto do conflito, nem será, mesmo com um eventual retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos.

Em resposta à jornalista Bianca Rothier, da TV Globo, o ucraniano declarou: “Hoje eu acho que o trem do Brasil, para ser sincero, passou. Falei com Lula, nos encontramos e pedi que ele fosse um parceiro para acabar com a guerra, etc. Agora ele não é mais um ‘player’. Ele também não será um ‘player’ para Trump”.

Essa não é a primeira vez que Zelensky critica a postura do presidente brasileiro no conflito. Durante 2023, Lula fez esforços para atuar como mediador nas negociações entre Ucrânia e Rússia, mas não obteve sucesso. Naquele ano, o petista chegou a declarar que a Ucrânia tinha responsabilidade no início do conflito e que o apoio de Estados Unidos e União Europeia contribuía para a continuidade da guerra.

Em maio de 2024, em uma coletiva de imprensa com jornalistas latino-americanos em Kiev, o líder ucraniano acusou o governo brasileiro de priorizar sua aliança com a Rússia, um país que ele classificou como “agressor”. Brasil e Rússia são membros do BRICS, o que reforça laços econômicos e políticos entre as nações.

No discurso de setembro de 2024, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, Zelensky expressou dúvidas sobre o interesse genuíno de Brasil e China em liderar um diálogo entre Kiev e Moscou. Para ele, os dois países não demonstraram compromisso real com a resolução do conflito.

Em resposta, Lula minimizou as declarações de Zelensky, afirmando que o presidente ucraniano apenas cumpriu sua obrigação de defender a soberania de seu país. Ele também reforçou que não havia uma proposta concreta de paz por parte do Brasil e da China, “mas uma tese que é importante começar a conversar”:

“Eu vou dizer mais, ele, se fosse esperto, diria que a solução é diplomática, não militar. Isso depende da capacidade de sentar e conversar, ouvir o contrário e tentar chegar a um acordo para que o povo ucraniano tenha sossego na vida, é isso”.

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