Um convite para Trump: venha ver Xica Manicongo na Sapucaí. Por Moisés Mendes

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Foto: Isac Nóbrega/PR

Já deve ter rolado a primeira cabeça na equipe de Trump. Pode ter sido a do organizador da ida do sujeito a uma celebração na Catedral Nacional de Washington, na terça-feira.

O sermão da bispa anglicana Mariann Edgar Budde, lembrando ao supremacista que ele não pode perseguir gays, trans e imigrantes, foi uma bola nas costas.

Ninguém anteviu que a bispa tinha a faca na bota? Por que os assessores não perceberam a armadilha, no primeiro evento público do sujeito?

Bispa Mariann Budde, da Igreja Episcopal de Washington, e o presidente dos EUA, Donald Trump. Foto: Kevin Lamarque/Reuters

Teremos mais situações como essa daqui pra frente, em todas as áreas. Eu acho que ele deveria vir ao Brasil para ver o desfile das escolas do grupo especial.

Há uma temática predominante esse ano: a negritude, os mitos e os cultos afros. É o ano do negro e dos negros e da negra Xica Mancongo na Sapucaí. Ele vai adorar.

Unidos de Padre Miguel – Vai contar a história de “Egbé Iya Nassô”, do Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho, templo mais antigo de uma religião de matriz africana no Brasil e que segue em atividade.

Tuiuti – Desfila com uma homenagem a Xica Manicongo, trazida do Congo como escrava e considerada a primeira travesti do Brasil, com o enredo “Quem tem medo de Xica Manicongo?”. Que era, claro, negra. Era sapateira e morava na Bahia.

Viradouro – Vem com o enredo “Malunguinho: O Mensageiro dos Três Mundos”, em referência a entidade afro-indígena “que se manifesta como Caboclo, Mestre e Exu”.

Imperatriz – O enredo é “OMI TÚTÚ AO OLÚFON – Água fresca para o senhor de Ifón”, que contará a história do mito iorubá relacionado a ida de Oxalá ao reino de Xangô.

Salgueiro – O enredo é “Salgueiro de corpo fechado”. Sem medo de macumba e sem medo de quiumba. Salvem os velhos mandingueiros e feiticeiros.

Portela – Vai homenagear Milton Nascimento, o maior cantor negro vivo do Brasil e uma das maiores expressões da negritude na nossa cultura.

Mangueira – Desfila com o enredo “À flor da terra — No Rio da negritude entre dores e paixões”. Uma abordagem, segundo a escola, “baseada na historicidade preta de forte cunho social, conectando passado e presente pelas vivências cotidianas”.

Unidos da Tijuca – Traz o enredo “Logun-Edé: santo menino que velho respeita”, uma homenagem ao orixá filho de Oxum e Oxóssi. É o orixá da riqueza, da fartura e da esperança.

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