Filha da ex-deputada Flordelis é achada morta em rua no Rio de Janeiro; polícia suspeita de feminicídio

A jovem Gabriella dos Santos de Souza, de 25 anos, uma das filhas da ex-deputada e ex-pastora Flordelis, foi encontrada morta em uma rua em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, na madrugada de quarta-feira (22). A Polícia Civil suspeita que ela tenha sido vítima de um feminicídio, já que testemunhas relataram que estava sendo ameaçada pelo companheiro.

Ao saber do caso, a ex-parlamentar, que cumpre pena na Penitenciária Talavera Bruce, em Bangu, pediu autorização à Justiça para ir ao sepultamento. A solicitação ainda está em análise.

O corpo de Gabriella foi encontrado na Estrada do Pacheco, localizada no bairro Pacheco. Apesar da suspeita de feminicídio, o atestado de óbito apontou que a provável causa da morte foi uma parada cardiorrespiratória súbita.

O delegado Marcelo Braga Maia, responsável pelo caso na 74ª Delegacia de Polícia de Alcântara), em São Gonçalo, destacou que existem pontos a serem esclarecidos e vai convocar testemunhas para oitivas nos próximos dias. Ele citou que recentemente o companheiro da vítima mandou mensagens de áudio com ameaças.

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O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de São Gonçalo para realização de exames necropsiais, que devem comprovar as causas da morte.

Gabriella, que foi registrada ainda bebê como filha de Flordelis e o do pastor Anderson do Carmo de Souza, chegou a prestar depoimento no inquérito que investigou a morte de seu pai adotivo. Na ocasião, ela relatou que, depois que o pastor foi atingido por 30 tiros à queima-roupa, ela checou os seus sinais vitais e ele ainda tinha batimentos cardíacos.

Morte do pastor e condenação de Flordelis

A ex-deputada federal Floredelis foi condenada a 50 anos e 28 dias de prisão em regime fechado pela morte do ex-marido, Anderson do Carmo. O crime ocorreu no dia 16 de junho de 2019 em Niterói, no Rio de Janeiro.

Anderson foi morto a tiros ao chegar em casa de carro. A motivação para o crime seria o “rigoroso controle das finanças familiares” e a forma “rígida” com a qual ele conduzia os conflitos familiares. Conforme reportagens publicadas à época do ocorrido, a família de Flordelis e Anderson era composta por mais de 50 filhos, entre biológicos, adotivos e afetivos.

Ela seria a responsável por convencer os demais envolvidos na morte do pastor a cometer o crime. A intenção era fazer o caso ser considerado um latrocínio, roubo seguido de morte. No entanto, esta não foi a primeira vez que ela teria tentado atentar contra a vida do companheiro. Flordelis já teria tentado envenená-lo ao menos seis vezes.

Reprodução/Redes sociais

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