Putin: se eleição de Trump em 2020 não tivesse sido “roubada”, guerra com Ucrânia não ocorreria

Vladimir Putin, presidente da Rússia, em conferência dos Brics em 2024. Foto: Alexander Nemenov/AFP

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou na última sexta-feira (24) que a guerra na Ucrânia poderia não ter começado se Donald Trump tivesse sido reeleito em 2020. A fala ocorreu durante uma coletiva em Moscou, na qual Putin também criticou a postura do governo de Joe Biden em relação ao conflito no Leste Europeu e reiterou sua disposição para negociações de paz.

Putin destacou sua visão de que Trump manteria uma abordagem diplomática mais eficaz e criticou a administração de Biden por não ter evitado a escalada do conflito que culminou na invasão russa à Ucrânia, em fevereiro de 2022.

“Se Trump tivesse sido presidente, se a sua vitória não tivesse sido roubada em 2020, talvez não tivesse acontecido a crise na Ucrânia que surgiu em 2022”, disse Putin, alinhando-se ao discurso, sem comprovação, de fraude nas eleições estadunidenses.

Desde a posse de Trump para o segundo mandato, o presidente russo tem sinalizado interesse em retomar o diálogo com os Estados Unidos. O republicano, por sua vez, fez da promessa de acabar com a guerra na Ucrânia um dos pilares de sua campanha eleitoral.

Trump já declarou que deseja resolver o conflito em um curto prazo, colocando a responsabilidade das negociações nas mãos de Moscou.

Vladimir Putin e Donald Trump se cumprimentam durante encontro do G20 em 2017. Foto: Saul Loeb/AFP

Putin reforçou que a Rússia está aberta ao diálogo, mas responsabilizou o governo ucraniano por dificultar as conversas. Ele citou um decreto assinado pelo presidente Volodymyr Zelensky em 2022, que proíbe negociações com a Rússia enquanto Putin estiver no poder. “Como poderão as negociações serem retomadas agora se estão proibidas?”, questionou o líder russo.

Apesar de sinalizar disposição para discutir a questão ucraniana, Putin afirmou que Kiev precisa flexibilizar suas condições para que as negociações avancem. O presidente russo também acusou o governo de Biden de evitar contatos diplomáticos diretos com a Rússia sobre o tema, intensificando críticas à postura dos Estados Unidos no conflito.

Com o retorno de Donald Trump ao poder, analistas internacionais avaliam que a dinâmica do conflito pode mudar, especialmente se houver uma reaproximação entre Washington e Moscou. A disposição de Trump em promover um diálogo direto com Putin contrasta com a abordagem mais dura de Biden, que priorizou o envio de ajuda militar à Ucrânia e ampliou sanções contra a Rússia.

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