R$ 4,7 bi, desapropriações e remoção de 600 famílias: a nova sede do governo de SP

Projeto do arquiteto Pablo Chakur, do escritório Ópera Quatro, para a construção do novo centro administrativo do estado na região central de São Paulo. Foto: Divulgação IAB-SP

A futura sede administrativa do governo de São Paulo terá um custo de R$ 4,7 bilhões, valor que será pago pelo estado ao longo de 30 anos à empresa vencedora da licitação, responsável pela construção, administração e exploração comercial do espaço. O projeto, que abrange 250 mil metros quadrados, será erguido no entorno da Praça Princesa Isabel, em Campos Elíseos, centro da capital paulista.

De acordo com o contrato de concessão divulgado na última sexta-feira (24), o governo do estado, sob a gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos), investirá R$ 2,2 bilhões como aporte inicial para quase metade das obras, além de arcar com R$ 7,2 bilhões em despesas de manutenção ao longo do contrato.

Projeção do projeto arquitetônico do novo centro administrativo de SP. Foto: Divulgação IAB-SP

Desapropriações

O plano inclui R$ 825,7 milhões destinados a desapropriações de imóveis, impactando cerca de 600 famílias de baixa renda que vivem em cortiços e ocupações na região.

As desapropriações, previstas para começar em 2026, incluirão um programa de realocação para as famílias afetadas. Segundo o secretário de Projetos Estratégicos, Guilherme Afif Domingos, serão construídos empreendimentos habitacionais em um raio de até 1 quilômetro da nova sede. As famílias também receberão aluguel social até a entrega dos imóveis.

“Vamos dar preferência a atender essa área de interesse social e manter mais famílias dentro da região quanto possível. Não terá gratuidade”, afirmou Afif. Indenizações também serão pagas pela empresa vencedora do leilão para outros casos de desapropriação.

O entorno da Praça Princesa Isabel, local historicamente associado a problemas sociais e de segurança pública, abrigou, até março de 2022, a cracolândia, que permaneceu por mais de 30 anos nas proximidades da Praça Júlio Prestes antes de se deslocar.

A Rua dos Protestantes, situada a 800 metros do local, continua sendo ponto de concentração de usuários de drogas. A proposta de centralizar a maior parte das secretarias e órgãos estaduais, reunindo cerca de 20 mil servidores públicos em Campos Elíseos, é a principal aposta do governo Tarcísio para revitalizar a região.

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