Ao dar vibrador para a filha de 12 anos, Claudia Raia se iguala a um conservador. Por Nathalí

Atriz Claudia Raia. Foto: Reprodução/Instagram

Claudia Raia se colocou no centro de uma polêmica ao dizer que presenteou a filha Sophia com um vibrador quando a criança tinha doze anos. “Vá se investigar”, disse à menina ao entregar o “presente”.

Ao explicar a atitude irresponsável e estranhamente grotesca, ela apresenta uma justificativa ainda mais chocante: o vibrador serviria para a criança “descobrir do que gosta sexualmente.”

A polêmica tem sido tamanha que até uma queixa crime foi registrada contra a atriz, a pedido de um bolsonarista – Cristiano Caporezzo.

O cara se apresenta como cristão e conservador e está alinhado às pautas bolsonaristas (ou seja, mais sujo que pau de galinheiro).

O problema é que a sujeira dessa criatura será, muito certamente, associado à esquerda e à pauta da educação sexual nas escolas.

Em outras palavras, a confissão absurda da atriz cria em torno dela um estereótipo de progressista que usaria a “mamadeira de piroca” nos filhos.

Isso abre espaço para que gente como Cristiano Caporezzo associe o progressismo a algo pernicioso, o que, de forma alguma, reflete os apelos da ala progressista por educação sexual.

Incentivar que a filha “descobrir o que gosta sexualmente” aos 12 anos não é educação sexual, é plantar na mente de uma criança, uma sexualização precoce e terrivelmente perigosa, já que uma menina de 12 anos não tem condições de “descobrir o que gosta sexualmente” sem uma boa dose de trauma.

Enquanto a educação sexual busca preparar crianças para eventuais abusos, a atitude de Claudia Raia reflete a sexualização precoce da própria filha.

Você tem noção do quanto isso é sério?

Longe de ser considerada conservadora, a atriz tem se posicionado a favor de pautas progressistas, como os direitos LGBTQIA+, o feminismo e a liberdade de expressão artística.

Isso não a isenta, no entanto, de cometer um ato de tamanha violência – sim, é violento impor sexo a uma criança, seja como for.

É preciso dizer, portanto, que a violência de Claudia sobre a própria filha não é reflexo da pauta progressista que defende educação sexual: está mais para um delírio conservador.

Educação sexual não é estimular a sexualidade de crianças precocemente, mas oferecer ferramentas para que estejam preparados para enfrentar eventuais abusos, que são, em muitos casos, a regra e não a exceção.

No mais, espero, embora duvide, que o Conselho Tutelar bata na porta de Claudia Raia o quanto antes.

Veja o vídeo:

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