Cultura Museu da Imagem e do Som realiza programação que marca o Dia Nacional da Visibilidade Trans A programação é composta por fala aberta sobre memória trans na ditadura, lançamento de obra e discotecagem da DJ Monstrava

O Museu da Imagem e do Som realiza nesta semana (28 de janeiro a 2 de fevereiro) uma programação com percurso formativo, fala aberta, lançamento de obra e discotecagem. A fala aberta, sobre memória trans na ditadura, acontece na quarta-feira e marca o Dia Nacional da Visibilidade Trans (29). Já na sexta-feira (31), ainda em referência à data, será o encerramento do II Ateliê de Criação – Tecnologias Transvestigêneres, formado por pessoas trans que lançam uma obra coletiva. A atividade será seguida pela discotecagem da DJ Monstrava. Toda a programação é gratuita. O MIS integra a Rede Pública de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, com gestão parceira do Instituto Mirante de Cultura e Arte.

Rotas das Memórias: Lugares de luta e resistência na cidade de Fortaleza

O Museu da Imagem e do Som do Ceará realizará mais uma ação educativa que visa refletir sobre o direito à memória, à justiça racial e social. A cidade de Fortaleza possui monumentos e prédios históricos que carregam memórias do período colonial bem como do processo de abolição da escravidão, e outros espaços que ficaram marcados durante o período de ditadura militar no Brasil (1964-1985). Esta ação educativa propõe realizar um percurso formativo na cidade de Fortaleza a fim de construir coletivamente um pensamento crítico e reflexivo sobre estes lugares de memória e esquecimento, que se apresentam como lugares de repressão e lugares de resistência, além de terem se tornado lugar de sociabilidade que foram sendo ressignificados ao longo dos anos pelo movimento negro e pelo movimento de Memória, Verdade e Justiça. Neste percurso, serão visitados lugares de memória da população negra.

O percurso acontece na terça-feira (28), das 8h às 12h, e passará pela Igreja Nossa Senhora do Rosário – Praça dos Leões, Passeio Público, Núcleo de Patrimônio Cultural do Moura Brasil e Praia da Leste – Barraca Foi Sol. Estão sendo ofertadas 30 vagas e é necessário realizar inscrição neste link. O ponto de encontro será no MIS. A mediação será de Cícera Barbosa e Elen Andrade.

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Fala aberta “Memórias de Pessoas Trans na Ditadura Civil e Militar no Brasil: Gênero, Violência e Resistência”

Dando seguimento às ações e debates sobre o período da Ditadura Civil e Militar no Brasil (1964-1985), o MIS convida o público para uma reflexão profunda sobre as experiências de mulheres trans e travestis. A fala aberta “Memórias de Pessoas Trans na Ditadura Civil e Militar no Brasil: Gênero, Violência e Resistência” visa dar visibilidade às narrativas silenciadas e denunciar as violências de gênero que essas pessoas sofreram em um contexto de repressão política, social e cultural. Com objetivo de abordar temas como a marginalização, o enfrentamento da violação dos direitos humanos e as estratégias de resistência adotadas pelas mulheres trans e travestis, busca-se discutir as memórias e as consequências da Ditadura, entendendo seus desdobramentos no tempo presente e promover o reconhecimento de um passado esquecido assim como engajar o público nas questões atuais que ainda afetam a comunidade LGBTQIA+. O objetivo principal é iluminar as lutas de resistência, dar visibilidade às histórias marginalizadas e fomentar um espaço de reflexão crítica sobre a importância da memória histórica na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.

A fala acontece na quarta-feira (29), das 17h às 19h, no auditório do MIS (Casarão). O momento terá a participação de Lena Oxa, travesti, artista e produtora cultural cearense que se destacou por sua resistência durante a ditadura militar brasileira; Paula Duarte, travesti, artista e pesquisadora; e de Noá Bonoba, artista travesti que por meio de sua arte ressignifica narrativas históricas, destacando a resistência das dissidências de gênero durante a ditadura militar e suas repercussões na contemporaneidade. A mediação será de Ana Ester, travesti e pesquisadora.

Lançamento da obra “MoneraFungi”: Encerramento do II Ateliê de Criação Tecnologias Transvestigêneres + Discotecagem DJ Monstrava

A obra audiovisual “Monera Fungi” (2024) é o trabalho de finalização da segunda turma do Ateliê de Criação – Tecnologias Transvestigêneres, ação formativa e artística do projeto contínuo Trair o CIStema, do Museu da Imagem e do Som do Ceará. O filme, com pouco mais de 7 minutos, foi produzido de forma coletiva pelas pessoas participantes Abeju Ara, Cardoza Santos, Souma, Sunny Maia, Luli Pinheiro, Sy Gomes, Maittê, Oziel Seu Rosinha e Alessandra Flor Ferraz. A obra estará em cartaz na sala imersiva do MIS dentro da mostra Transmutações, que acontecerá nos dias 31 de janeiro e 1º de fevereiro, das 18h30 às 20h (acesso até 19h30).

O lançamento acontece na sexta-feira (31), a partir das 17h, na praça do MIS, com fala das pessoas participantes. Em seguida, haverá discotecagem da DJ Monstrava, que também é artista visual e assina a direção da obra Fragmento KYMERA, lançada na primeira turma do Ateliê de Criação, em 2024. Monstrava é também hostess e mestre de cerimônias das pistas de Fortaleza há quase dez anos. Atualmente, comanda o microfone no Carnaval no Inferno, é produtora e DJ na pistinha chic Rádio Víbora e dona das lágrimas na Noite Mais Triste do Mundo. Ela fará uma discotecagem de aproximadamente 90 minutos, passeando pelo house, disco, pop e eletrônico.

Programação da sala imersiva e exposições

Nesta semana, a sala imersiva do MIS exibe as obras “Fósseis do Cariri” e a mostra Transmutações, que acontece na sexta e no sábado (31/01 e 1/2), das 18h30 às 20h (acesso até 19h30). Seguem também em cartaz as exposições físicas “Vermelho Vivo – Amor e Revolução” (andares +2, +1 e -2 do Anexo), “Imaginar os Cearás: memórias e tecnologias” (andar -1 do Anexo) e “Laboratório dos Sentidos” (casarão). A visitação está aberta de quarta a domingo, com horários diferenciados: quartas e quintas, das 10h às 18h (acesso até 17h30), e de sexta a domingo, das 13h às 20h (acesso até 19h30). Já a biblioteca Marly Mariano & Thomaz Farkas funciona de quarta a sexta-feira, das 13h às 18h.

Serviço

Rotas das Memórias: Lugares de luta e resistência na cidade de Fortaleza
Data: 28 de janeiro (terça-feira)
Horário: 8h às 12h
Local: saída do MIS

Fala aberta “Memórias de Pessoas Trans na Ditadura Civil e Militar no Brasil: Gênero, Violência e Resistência”
Data: 29 de janeiro (quarta-feira)
Horário: 17h às 19h
Local: auditório (Casarão)

Lançamento da obra “MoneraFungi”: Encerramento do II Ateliê de Criação Tecnologias Transvestigêneres + Discotecagem DJ Monstrava
Data: 31 de janeiro (sexta-feira)
Horário: 17h às 20h
Local: Praça do MIS
Classificação indicativa: Livre

Exposições

Sala Imersiva
Local: andar -2 do Anexo
Obras em exibições sucessivas

“Fósseis do Cariri”
Mostra Transmutações, que acontece na sexta e no sábado, das 18h30 às 20h (acesso até 19h30).

“Vermelho Vivo – Amor e Revolução”
Local: (andares +2, +1 e -2 do Anexo)

“Imaginar os Cearás: Memórias e Tecnologias”
Local: andar -1 do Anexo

“Laboratório dos Sentidos”
Local: Casarão

Horário de acesso às exposições
Quarta e quinta-feira: 10h às 18h (acesso até 17h30)
Sexta-feira a domingo: 13h às 20h (acesso até 19h30)

Biblioteca Marly Mariano & Thomaz Farkas
Local: andar +1 do Anexo
Funcionamento: quarta a sexta-feira: 13h às 18h

Por Ascom MIS

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