Vizinho detalhou à polícia como estuprou e matou gerente de banco no interior de SP: “Crime bárbaro”

O rapaz de 22 anos, que foi preso e confessou ter estuprado e matado a gerente de banco Aline Cristina Giamogeschi, de 31 anos, em Registro, no interior de São Paulo, deu detalhes à Polícia Civil sobre como cometeu os crimes. Identificado apenas como William, ele alegou que matou a vítima por conta de uma “admiração não correspondida”.

Conforme o delegado Marcelo Freitas, responsável pelo caso, o jovem relatou que monitorava a bancária e sabia da rotina diária dela. Na data do crime, ele pulou o muro da casa dela, que ainda dormia. Ele esperou lá dentro por uma hora até que ela acordasse.

“Quando a vítima acordou e abriu a janela, a porta balcão, ele entrou no imóvel e já a agrediu. Derrubou a vítima, a estrangulou e praticou esse crime bárbaro que chocou a todos nós”, disse o investigador à TV Tribuna.

O rapaz, que é usuário de drogas, é conhecido na vizinhança por ter um perfil agressivo. Ele foi interrogado pela investigação em um primeiro momento, mas negou ter qualquer ligação com a morte de Aline. Porém, ao ser novamente questionado, o rapaz acabou confessando que acreditava que mantinha um “namoro” com a gerente de banco, mas ela nunca o correspondeu.

“Tinha uma admiração por ela que não era correspondida, e decidiu praticar esse grave crime”, destacou o delegado.

O suspeito afirmou que cometeu o estupro e, antes de matar a mulher asfixiada, chegou a ejacular próximo ao corpo dela. Freitas disse que ainda aguarda o resultado dos laudos periciais para comprovar o estupro.

William foi levado para a Delegacia de Registro, onde prestou depoimento. Depois, foi levado para a Cadeia Pública da cidade e permaneceu à disposição da Justiça.

A defesa do suspeito não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.

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Relembre o caso

Aline Cristina foi encontrada morta no último sábado (22). Familiares estranharam ao não conseguirem contato com ela e foram até a residência. Lá, um irmão pulou o muro e achou a bancária sem vida, nua, apenas com um vestido enrolado na cintura e uma roupa íntima na perna esquerda.

A Polícia Militar foi acionada, assim como o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), e os socorristas atestaram o óbito da vítima. A perícia foi ao local e constatou que o corpo apresentava hipóstase cadavérica, que são manchas arroxeadas ou avermelhadas na pele geradas pela acumulação do sangue após a parada de circulação.

Conforme o boletim de ocorrência, algumas manchas escuras estavam nas proximidades da genital de Aline, o que sugere que houve “conjunção carnal não autorizada”. Apesar disso, o corpo da vítima não apresentava sinais de luta corporal.

Na noite da última terça-feira (25), o vizinho foi preso e confessou o assassinato.

Quem era a vítima?

Aline era formada em Administração pelo Centro Universitário do Sudeste Paulista (Unisepe) e, desde janeiro deste ano, cursava uma pós-graduação em Liderança, Gestão e Inovação no Centro Universitário Internacional (Uninter).

Além disso, a mulher tinha um Certificado de Especialista em Investimentos da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Nas redes sociais, ela destacava que trabalhava no banco Bradesco desde 2011, onde assumiu o posto de gerente em uma agência de Registro.

A mulher não era casada, mas deixou os pais e dois irmãos. Uma amiga fez uma postagem nas redes sociais, lamentando a partida repentina da bancária. “Eu tô sem chão com a sua partida, sem acreditar que isso aconteceu, mas fique em paz que a justiça será feita, meu amor”, escreveu.

Rosana Carravieri, que contratou Aline no início da carreira, disse à CNN Brasil que a jovem era muito dedicada no campo profissional. “Muito querida, competente e amiga de todos”, disse. “Cultivou a amizade e o respeito de colegas e clientes”, ressaltou.

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