Juiz-forano é condenado pelo STF e preso por participação nos atos antidemocráticos

Marcelo "Mito" condenado pelos atos golpistas de 8 de janeiro

A Polícia Federal prendeu, nesta quinta-feira (27), em Juiz de Fora, Marcelo Eberle Motta, conhecido como “Marcelo Mito”. Morador de Juiz de Fora e coordenador do movimento “Direita vive!”, Motta foi condenado pela 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), presidida pelo ministro Alexandre de Moraes, por crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa armada. A condenação totalizou uma pena de 17 anos de prisão, sendo 15 anos e meio de reclusão e um ano e seis meses de detenção, e mais cem dias-multa, cada um estipulado no valor de um terço do salário mínimo, o que, atualmente, seria em torno de R$ 506. Além disso, a condenação inclui o pagamento de R$ 30 milhões a título de danos morais coletivos, a serem pagos junto com os demais condenados.

Marcelo Eberle Motta, que estava em prisão domiciliar desde dezembro de 2023, foi preso por agentes da Polícia Federal em sua residência na manhã desta quinta. Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), ele foi encaminhado para o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp), no Bairro Linhares, na Zona Leste de Juiz de Fora, onde permanece desde o início da tarde.

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(Foto: Leonardo Costa)

Motta já havia sido preso anteriormente em razão da participação nos atos do dia 8 de janeiro de 2023, tendo sido preso no dia 27 daquele mesmo mês, juntamente com o cataguasense Eduardo Antunes Barcelos. No dia 18 de dezembro do mesmo ano, ambos tiveram a prisão preventiva revogada pelo ministro Alexandre de Moraes. 

Em nota, a defesa de Marcelo afirmou que respeita a decisão da Justiça, mas que ela não reflete a verdade dos fatos nem a plena observância dos direitos de defesa. A nota também afirma que a equipe legal do réu está comprometida com a busca pela justiça e continuará lutando “incansavelmente por todos os recursos cabíveis para reverter essa sentença”. Além disso, destacaram que “enquanto defensores do Estado Democrático de Direito, nossa missão é garantir que todo acusado tenha acesso a um julgamento justo e que os princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório sejam sempre respeitados”.

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