Dólar sobe pela 2ª sessão consecutiva, a R$ 5,829, com fiscal, tarifas e exterior

O dólar emplacou nesta quinta-feira a segunda sessão consecutiva de alta no Brasil, aproximando-se dos R$5,83, acompanhando o avanço generalizado da moeda norte-americana no resto do mundo, após o presidente dos EUA, Donald Trump, manter a expectativa de imposição de tarifas sobre produtos de outros países.

Dólar Hoje: Confira a cotação e fechamento diário do dólar comercial

Qual é a cotação do dólar hoje?

O dólar à vista fechou em alta de 0,47%, aos R$5,8293. Em 2025, porém, a moeda norte-americana acumula queda de 5,66%.

Às 17h24 na B3 o dólar para março — atualmente o mais líquido – subia 0,42%, aos R$5,8300

Dólar comercial

  • Compra: R$ 5,829
  • Venda: R$ 5,829

Dólar turismo

  • Compra: R$ 5,854
  • Venda: R$ 6,034

O que acontece com dólar hoje?

A divisa americana registrava ganhos, já que promessas vagas do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor tarifas à Europa e adiar ainda mais as taxas planejadas para o Canadá e o México alimentaram a incerteza.

Investidores têm refletido sobre o quanto devem levar a sério as declarações do presidente norte-americano, uma vez que seus planos tarifários têm sido vistos, em alguns casos, mais como uma tática de negociação do que medidas concretas.

Já que o dólar tem recuado amplamente neste ano nos mercados globais, em parte justamente por conta do recuo dos temores em relação às tarifas, há espaço para um movimento de recuperação, o que ganhou força nesta semana.

No mercado nacional, os agentes financeiros seguem expressando temores com a trajetória da inflação e com o compromisso do governo em equilibrar as contas públicas.

Dados recentes sobre preços e emprego — com destaque para o relatório de criação de vagas formais divulgado na véspera — têm deixado os investidores mais pessimistas em relação ao cenário econômico brasileiro para este ano, em meio à percepção de uma inflação crescente e de um mercado de trabalho ainda forte.

Nesta manhã, dados do IBGE mostraram que a taxa de desemprego aumentou a 6,5% nos trimestre até janeiro, ante 6,2% no trimestre até outubro. A alta, no entanto, foi atribuída principalmente a efeitos sazonais e a taxa ficou ligeiramente abaixo dos 6,6% previstos por economistas em pesquisa da Reuters.

Em relação aos preços, o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) acelerou um pouco mais do que o esperado por analistas em fevereiro, em alta de 1,06%, depois de ter avançado 0,27% no mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira.

“Os investidores estão ancorando a expectativa na incerteza sobre o controle da inflação e manutenção dos gastos públicos no futuro”, disse Nicolas Gomes, especialista em câmbio da Manchester Investimentos.

(Com Reuters)

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