Como organizar uma viagem para investigar a genealogia familiar

Na segunda temporada da série de TV “The White Lotus”, três gerações de uma família americana fictícia viajam para a Sicília com o objetivo de tentar se reconectar com suas raízes ancestrais. Embora a jornada deles nem sempre corra bem, viagens de genealogia como a que fizeram se tornaram um negócio de grande relevância.

No passado, norte-americanos interessados em viajar para explorar suas raízes precisavam confiar na tradição familiar, vasculhar livros empoeirados e, muitas vezes, seguir seus instintos. Mas sites de testes de DNA, bancos de dados genealógicos disponíveis on-line e mídias sociais facilitaram muito a busca, estimulando um crescente interesse em viagens de genealogia familiar.

Uma análise de mercado realizada pela Grand View Research revela que o turismo de genealogia global é um setor que movimenta quase US$ 600 bilhões por ano e deve continuar crescendo à razão de cerca de 4% ao ano até 2030. E programas de TV como “Who Do You Think You Are?” (“Quem você pensa que é?”, em tradução livre) e “Encontrando suas raízes”, que acompanham principalmente celebridades em sua jornada de descoberta de sua genealogia, continuam inspirando outros em suas buscas.

Nem todos fazem uma viagem de genealogia pelo mesmo motivo: talvez você queira conhecer parentes vivos para trocar fotos e histórias. Pode ser que esteja procurando documentos oficiais para obter dupla cidadania. Ou você pode simplesmente estar buscando se conectar com um lugar que sua família já chamou de lar.
Seguem algumas dicas para planejar sua própria viagem de genealogia familiar.
Siga seu DNA.

Serviços como o Ancestry.com, o FamilyTreeDNA, o MyHeritage e o 23andMe utilizam seus genes para decodificar os possíveis locais de origem de sua família. Outros sites de testes de DNA atendem a grupos étnicos específicos, como o African Ancestry, voltado para a ancestralidade africana, ou o Somos Ancestria, que foca em origens latinas. O preço dos kits de teste de DNA, que normalmente exigem uma amostra de saliva, pode variar entre US$ 40 e US$ 300, dependendo da empresa e do nível de detalhes que você deseja nos resultados.

Seja social

Inicie com sua família estendida: pergunte a respeito de árvores genealógicas e viagens anteriores relacionadas à genealogia. Depois pesquise as redes sociais. Participe da conversa em grupos do Facebook dedicados a grupos étnicos ou locais específicos, como o “South American Genealogy Research Community”; o “Marshall County, Mississippi, Genealogy”; ou o “Finnish American Heritage Society of Maine”. Você pode até descobrir um grupo dedicado ao seu sobrenome: encontrei um sobre o “Sims”.

Considere contratar um profissional

Se você não tem tempo ou paciência para fazer o trabalho de campo, pode contratar um especialista: a Associação de Genealogistas Profissionais mantém um banco de dados pesquisável. Ou então você pode contratar um planejador profissional de viagens de genealogia familiar para auxiliar na criação de um itinerário e, em alguns casos, acompanhá-lo durante a viagem.

O custo da ajuda profissional varia conforme o nível de orientação personalizada que você deseja receber. Por exemplo, a italyMondo!, uma agência especializada em viagens personalizadas de genealogia italiana, realiza uma pesquisa genealógica e cria um itinerário para você seguir por conta própria, cobrando US$ 2 mil por esse serviço. Mas por US$ 5 mil a US$ 10 mil, você pode ter um profissional para acompanhá-lo ao longo do caminho.

Outras empresas, como a MyChinaRoots, utilizam sua pesquisa para identificar destinos importantes para uma viagem de genealogia familiar. Você pode optar por contratar um guia especializado para ajudá-lo a aproveitar ao máximo sua visita. a tarifa diária dos guias da MyChinaRoots começa em torno de US$ 500.

Registre sua viagem

Carregue cópias de fotos ou documentos históricos ao seu dispositivo e tenha disponíveis algumas fotos atuais da sua família. Além disso, digitalize filmes, áudios ou vídeos que você gostaria de compartilhar empregando serviços como o EverPresent, o iMemories ou o Legacybox. Esses materiais podem ajudar a quebrar o gelo caso você encontre um parente distante.

Você pode enviar fotos, junto com notas explicativas, do que encontrar em sua jornada diretamente para sua árvore genealógica on-line se utilizar algum aplicativo de genealogia. Além disso, leve um caderno e fita adesiva para criar uma lembrança tangível.

Por fim, considere gravar suas conversas com os parentes que encontrar, mas lembre-se de pedir permissão, pois as leis locais podem variar. Você pode estar criando um registro valioso para a próxima geração de viajantes de genealogia.

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