Preso pela PF, Braga Netto atuou em dois de seis núcleos de organização do golpe

Braga Netto: preso

O ex-ministro Walter Braga Netto, que foi vice na chapa de reeleição de Jair Bolsonaro (PL), foi preso no sábado, 14, acusado pela Polícia Federal (PF) de participar de dois dos seis grupos que comporiam uma organização criminosa.

A organização planejou um golpe de Estado que incluía o assassinato do presidente Lula, do vice Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes. Tanto Braga Netto quanto Bolsonaro, juntamente com outras 35 pessoas, foram indiciados pela tentativa de golpe, acusação que ambos negam.

O plano se chamava Punhal Verde e Amarelo. Segundo a PF, Braga Netto estava envolvido no núcleo responsável por encorajar militares a se juntarem ao golpe e em um grupo de oficiais de alta patente que buscava influenciar e apoiar as atividades dos demais grupos.

Braga Netto, que já foi chefe da Defesa e da Casa Civil, é general da reserva do Exército.

Ele era responsável por eleger alvos para amplificação de ataques pessoais contra militares em posição de comando que resistiam às investidas golpistas e por influenciar e incitar apoio aos demais núcleos de atuação.

O primeiro grupo em que o ex-ministro é citado visava identificar e intensificar ataques pessoais contra militares que se opunham ao golpe. O segundo teria a função de promover e incentivar o apoio ao golpe através da aprovação de ações e medidas necessárias para sua execução.

Em comunicado, Braga Netto assegurou que “nunca houve qualquer intenção de golpe ou plano de assassinar alguém” e destacou seu compromisso com a ética e moralidade, buscando sempre soluções legais e constitucionais.

Os outros grupos identificados pela PF incluem:

  • Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral,
  • Núcleo Jurídico,
  • Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas,
  • Núcleo de Inteligência Paralela.
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