Falta d’água volta a atingir bairros da Zona Norte e interior de Bento Gonçalves

Foto: Reprodução

Os moradores de Bento Gonçalves enfrentam novamente problemas com o abastecimento de água. Desta vez, a falta de fornecimento atinge os bairros da Zona Norte da cidade e parte do interior do município. A situação, que tem se repetido ao longo de 2024, vem gerando insatisfação, especialmente porque em praticamente todos os finais de semana deste ano, moradores de diversas regiões ficaram com as torneiras secas.

De acordo com a Corsan (Companhia Riograndense de Saneamento), responsável pelo serviço, a interrupção ocorre devido aos técnicos da companhia estarem reparando uma canalização que se rompeu na manhã deste sábado, 14 de dezembro, na rua Ronaldo Pedro Klein, nas imediações da rótula do acesso norte, em Bento Gonçalves. Os bairros afetados pela falta d’água são o São Roque, Ouro Verde, Aparecida, São João, Vinhedos, Eulália, Faria Lemos, Paulina, São Valentim, Tuiuty, São Vendelino, Km2, Veríssimo de Matos, Passo Velho, Linha De Mari e Linha Ferri. O restabelecimento está previsto para ocorrer de forma gradativa durante a noite, assim que os reservatórios recuperarem os níveis ideais de armazenamento. 

Para os moradores afetados, a explicação não é suficiente. Eles reclamam que os problemas são recorrentes e que a companhia não apresenta soluções efetivas. “Todo fim de semana é a mesma coisa. Passamos o sábado e o domingo sem água, e isso se reflete na nossa rotina, no trabalho e na higiene básica”, disse a moradora do bairro Zatt, Luciana Alves, que teme que a situação persista sem melhorias significativas.

No interior, os agricultores também relatam prejuízos. Além das dificuldades para o consumo doméstico, a falta de água afeta diretamente as produções agrícolas. “Estamos pagando por um serviço que não está sendo entregue. Precisamos de respostas e, principalmente, de soluções rápidas”, afirmou Jorge Medeiros, morador da Linha Eulália.

Medidas emergenciais

A Corsan informou que está adotando medidas emergenciais para minimizar os impactos. Entre elas, destacam-se o uso de caminhões-pipa para abastecer as regiões mais afetadas e a realização de manobras na rede para redistribuir o fornecimento. No entanto, a companhia admite que essas ações são paliativas.

O problema da falta de água em Bento Gonçalves não é novo. Em 2023, situações semelhantes já foram registradas, sobretudo nos meses de maior calor. A persistência do problema em 2024 tem gerado pressão sobre a Corsan e as autoridades municipais, que têm sido cobradas pela população para fiscalizar e buscar soluções junto à concessionária.

 

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