{"id":123667,"date":"2025-04-03T12:47:02","date_gmt":"2025-04-03T15:47:02","guid":{"rendered":"https:\/\/agencia7.jornalfloripa.com.br\/agencia7\/123667"},"modified":"2025-04-03T12:47:02","modified_gmt":"2025-04-03T15:47:02","slug":"relator-que-propos-cassar-glauber-ja-agrediu-jornalista-para-defender-tio-corrupto","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/agencia7.jornalfloripa.com.br\/agencia7\/123667","title":{"rendered":"Relator que prop\u00f4s cassar Glauber j\u00e1 agrediu jornalista para defender tio corrupto"},"content":{"rendered":"
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Paulo Magalh\u00e3es na capa do Globo por agredir jornalista em 2001. Foto: Gustavo Miranda<\/figcaption><\/figure>\n

O deputado Paulo Magalh\u00e3es (PSD-BA), relator do Conselho de \u00c9tica da C\u00e2mara dos Deputados, que recomendou a cassa\u00e7\u00e3o do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) por agress\u00e3o, j\u00e1 agrediu uma pessoa no Congresso. Magalh\u00e3es prop\u00f4s a perda de mandato do carioca que, em abril de 2024, revidou as provoca\u00e7\u00f5es de Gabriel Constenaro, integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), com um pontap\u00e9.<\/p>\n

Em 2001, o agora relator do caso de Glauber agrediu o jornalista e escritor Maneca Muniz na C\u00e2mara, ap\u00f3s o lan\u00e7amento de um livro com den\u00fancias contra seu tio, o ent\u00e3o senador Antonio Carlos Magalh\u00e3es (ACM).<\/p>\n

Na \u00e9poca, ele n\u00e3o sofreu puni\u00e7\u00f5es e seguiu sua carreira pol\u00edtica, chegando hoje ao s\u00e9timo mandato consecutivo. O caso foi capa do jornal O Globo, em 5 de abril de 2001, com a manchete: \u201cSocos e pontap\u00e9s na C\u00e2mara. Deputado baiano agride jornalista para defender ACM\u201d.<\/p>\n

Antes da agress\u00e3o, Glauber questionou Costenaro sobre uma acusa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia dom\u00e9stica envolvendo o militante, que tamb\u00e9m \u00e9 suspeito de invadir a Universidade Federal do Paran\u00e1 (UFPR) em 2023 e agredir uma funcion\u00e1ria.<\/p>\n

O v\u00eddeo do confronto mostra o deputado perdendo a paci\u00eancia ap\u00f3s ser provocado repetidamente, em uma estrat\u00e9gia comum do MBL de incitar rea\u00e7\u00f5es para depois se apresentar como v\u00edtima nas redes sociais.<\/p>\n

Na abordagem, Costenaro tamb\u00e9m chamou a m\u00e3e de Glauber, Saudade Braga, ex-prefeita de Nova Friburgo, de \u201ccorrupta\u201d e \u201csafada\u201d. A m\u00e3e do parlamentar, que estava doente na \u00e9poca, faleceu 22 dias ap\u00f3s o ocorrido.<\/p>\n

Conhecido por aparecer em eventos da esquerda para provocar conflitos e viralizar nas redes, Costenaro j\u00e1 havia usado t\u00e1ticas semelhantes para se projetar como candidato a vereador no Rio de Janeiro pelo Partido Novo em 2023, quando recebeu pouco mais de 12 mil votos, sem se eleger.<\/p>\n

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\"\ud83c\udfa5\" Glauber Braga chama Kim Kataguiri de \u201cdefensor do nazismo\u201d e seguran\u00e7as separam briga pic.twitter.com\/BL8NBTtPEJ<\/p>\n

\u2014 UOL Not\u00edcias (@UOLNoticias) April 16, 2024<\/p>\n<\/blockquote>\n

O relat\u00f3rio de Magalh\u00e3es<\/strong><\/p>\n

Na \u00faltima quarta-feira (2), Paulo Magalh\u00e3es apresentou um parecer favor\u00e1vel \u00e0 cassa\u00e7\u00e3o de Glauber Braga, argumentando que o deputado quebrou o decoro parlamentar ao recorrer \u00e0 viol\u00eancia.<\/p>\n

\u201cCom base nas evid\u00eancias reunidas no processo, fica claro que o representado ultrapassou os limites do seu mandato, abusando das prerrogativas parlamentares. Diante disso, \u00e9 necess\u00e1rio reconhecer que suas a\u00e7\u00f5es configuram conduta pass\u00edvel de puni\u00e7\u00e3o, sendo apropriada, neste caso, a perda do mandato\u201d, afirmou Magalh\u00e3es.<\/p>\n

A recomenda\u00e7\u00e3o ainda ser\u00e1 votada pelos membros do Conselho de \u00c9tica. Se aprovada, a cassa\u00e7\u00e3o precisar\u00e1 ser confirmada pelo plen\u00e1rio da C\u00e2mara, com pelo menos 257 votos favor\u00e1veis.<\/p>\n<\/p>\n

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