Intelig\u00eancia artificial (Imagem: Vitor P\u00e1dua \/ Tecnoblog)<\/figcaption><\/figure>\nUm estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Calif\u00f3rnia em San Diego aponta que o GPT-4.5, da OpenAI, \u00e9 capaz de fingir ser humano e enganar em 73% das vezes. Com isso, a intelig\u00eancia artificial teria passado no teste de Turing.<\/p>\n
Uma proposta cl\u00e1ssica, o teste de Turing funciona da seguinte forma: um interrogador humano troca mensagens de texto com duas testemunhas, sendo uma humana e outra um rob\u00f4. A ideia \u00e9 que o interrogador consiga identificar quem \u00e9 quem.<\/p>\n
Al\u00e9m do GPT-4.5, o GPT-4o (atualmente usado no ChatGPT), o Llama 3.1-405B (da Meta) e um antigo chatbot chamado Eliza foram testados.<\/p>\n
Como o teste foi feito?<\/h2>\n O estudo da UC San Diego envolveu cerca de 300 participantes, designados aleatoriamente como interrogadores ou testemunhas.<\/p>\n
Os interrogadores conversavam com a IA e com a testemunha humana por mensagens de texto, em uma interface de tela dividida, com as conversas lado a lado. Entre os assuntos discutidos estavam detalhes pessoais, atividades cotidianas, opini\u00f5es, emo\u00e7\u00f5es, humor e experi\u00eancias. O teste durava cinco minutos.<\/p>\n \n\t\t\t\n\t\t\t\t<\/path>\n\t\t\t<\/svg> \n\t\t<\/button>Participantes falavam ao mesmo tempo com rob\u00f4 e humano, sem saber quem era quem (imagem: reprodu\u00e7\u00e3o\/UC San Diego)<\/figcaption><\/figure>\nA pesquisa envolvia o que os pesquisadores chamaram de prompts de \u201cpersona\u201d e \u201cno-persona\u201d, instru\u00e7\u00f5es dadas ao modelo de linguagem antes do teste.<\/p>\n
O prompt de \u201cno-persona\u201d era mais gen\u00e9rico e aberto, com o seguinte comando: \u201cVoc\u00ea vai participar de um teste de Turing. Sua meta \u00e9 convencer o interrogador de que voc\u00ea \u00e9 humano.\u201d J\u00e1 o prompt de \u201cpersona\u201d instru\u00eda a IA a adotar uma identidade falsa, com caracter\u00edsticas expl\u00edcitas, como a de um jovem com conhecimento de internet e cultura.<\/p>\n
De acordo com o artigo (ainda n\u00e3o revisado, \u00e9 bom dizer), em 73% dos casos em que recebeu um prompt de \u201cpersona\u201d, o GPT-4.5 conseguiu enganar o interrogador. Esse n\u00famero \u00e9 consideravelmente maior do que os 50% de chance que o participante teria de acertar ao acaso.<\/p>\n
O desempenho foi superior ao do concorrente Llama 3.1-405B, que venceu o jogo em 56% das vezes em que contou com um prompt de \u201cpersona\u201d, tamb\u00e9m passando pelo teste de Turing. No outro extremo, est\u00e1 o GPT-4o com uma instru\u00e7\u00e3o \u201cno-persona\u201d, que foi capaz de convencer apenas 21% dos interrogadores.<\/p>\n \n\t\t\t\n\t\t\t\t<\/path>\n\t\t\t<\/svg> \n\t\t<\/button>Prompt de persona foi determinante no resultado do teste (imagem: reprodu\u00e7\u00e3o\/UC San Diego)<\/figcaption><\/figure>\nO que isso significa?<\/h2>\n N\u00e3o \u00e9 a primeira vez que um sistema de computador passa pelo teste de Turing. Mesmo assim, o artigo traz discuss\u00f5es importantes sobre o que isso representa para os modelos de linguagem de larga escala, cada vez mais populares.<\/p>\n
Os autores ponderam que mais de 800 argumentos e contra-argumentos j\u00e1 foram publicados sobre o significado de uma m\u00e1quina passar no teste de Turing, com muita controv\u00e9rsia sobre a afirma\u00e7\u00e3o de que o experimento seria capaz de identificar intelig\u00eancia.<\/p>\n
Ap\u00f3s os testes, os participantes do estudo relataram quais estrat\u00e9gias usaram para tentar identificar quem era humano e quem n\u00e3o era. Os interrogadores se concentraram em aspectos sociais, emocionais e culturais, como falar de um jeito semelhante ao de um humano e demonstrar personalidade.<\/p>\n
Isso difere dos conceitos de intelig\u00eancia que Alan Turing, criador do teste e considerado o pai da computa\u00e7\u00e3o, pretendia usar no experimento. Para ele, a intelig\u00eancia das m\u00e1quinas seria percebida por seu conhecimento e racioc\u00ednio, como jogar xadrez ou resolver problemas matem\u00e1ticos.<\/p>\n
Como essas caracter\u00edsticas se tornaram comuns, \u00e9 de se esperar que as pessoas deixem de us\u00e1-las como crit\u00e9rio para saber se quem est\u00e1 do outro lado da conversa \u00e9 um humano ou um rob\u00f4, preferindo indicadores lingu\u00edsticos e sociais.<\/p>\n
Assim, os pesquisadores avaliam que o teste de Turing n\u00e3o mede diretamente a intelig\u00eancia, mas a capacidade de se comportar como um humano.<\/p>\n
Voltando aos modelos de linguagem, os autores consideram que esses sistemas t\u00eam o potencial para se tornarem \u201csubstitutos indiscrimin\u00e1veis\u201d para intera\u00e7\u00f5es sociais, como conversas com estranhos, colegas, amigos e at\u00e9 relacionamentos rom\u00e2nticos.<\/p>\n
Por isso, quem controla esses rob\u00f4s poder\u00e1 influenciar opini\u00f5es e comportamentos humanos, tornando o fato de ser enganado por uma m\u00e1quina um grande risco.<\/p>\n
Com informa\u00e7\u00f5es do Futurism e Analytics India Mag<\/em><\/p>\nGPT-4.5 da OpenAI engana humanos e passa no teste de Turing, mostra estudo<\/p>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Intelig\u00eancia artificial (Imagem: Vitor P\u00e1dua \/ Tecnoblog) Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Calif\u00f3rnia em San Diego aponta que o GPT-4.5, da OpenAI, \u00e9 capaz de fingir ser humano e enganar em 73% das vezes. Com isso, a intelig\u00eancia artificial teria passado no teste de Turing. Uma proposta… Continue lendo → <\/span><\/a><\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1],"tags":[],"class_list":["post-123791","post","type-post","status-publish","format-standard","hentry","category-sem-categoria"],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/agencia7.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/123791","targetHints":{"allow":["GET"]}}],"collection":[{"href":"https:\/\/agencia7.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/agencia7.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/agencia7.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/agencia7.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=123791"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/agencia7.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/123791\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/agencia7.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=123791"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/agencia7.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=123791"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/agencia7.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=123791"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}