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Dados recentes do telesc\u00f3pio espacial James Webb revelaram que o asteroide 2024 YR4, anteriormente considerado uma potencial amea\u00e7a \u00e0 Terra, tem agora 3,8% de chance de colidir com a Lua. A informa\u00e7\u00e3o foi divulgada pela NASA nesta quinta-feira (3), ap\u00f3s novas observa\u00e7\u00f5es do objeto espacial que mede entre 53 e 67 metros de di\u00e2metro, equivalente a um pr\u00e9dio de 15 andares.<\/p>\n

Inicialmente, os cientistas chegaram a estimar em 3,1% a probabilidade de impacto com a Terra em 22 de dezembro de 2032, o que representou o maior \u00edndice j\u00e1 registrado para um asteroide. No entanto, an\u00e1lises mais recentes descartaram completamente essa possibilidade.<\/p>\n

\u201cAinda h\u00e1 96,2% de probabilidades de que o asteroide n\u00e3o impacte a Lua\u201d, afirmou a NASA em comunicado.<\/p>\n

Richard Moissl, diretor do Escrit\u00f3rio de Defesa Planet\u00e1ria da Ag\u00eancia Espacial Europeia (ESA), confirmou \u00e0 AFP que os c\u00e1lculos da NASA coincidem com as estimativas europeias, que apontam para cerca de 4% de chance de colis\u00e3o lunar.<\/p>\n

O tamanho revisado do asteroide, agora determinado com maior precis\u00e3o pelo James Webb, supera o limite de 50 metros que aciona protocolos de defesa planet\u00e1ria.<\/p>\n

\"\" — O asteroide 2024 YR4 visto em 27 de janeiro de 2025. Foto: NASA\/Magdalena Ridge 2.4M Telescope<\/figcaption><\/figure>\n
Caso as probabilidades de impacto com a Terra ainda fossem significativas, \u201cos preparativos para uma ou mais miss\u00f5es para desvi\u00e1-lo j\u00e1 estariam come\u00e7ando agora mesmo\u201d, explicou Moissl. A comunidade cient\u00edfica j\u00e1 testou com sucesso t\u00e9cnicas de defesa planet\u00e1ria, como demonstrado pela miss\u00e3o DART da NASA em 2022, que alterou a trajet\u00f3ria de um asteroide atrav\u00e9s de um impacto controlado.<\/p>\n
Embora pare\u00e7a contradit\u00f3rio, muitos pesquisadores torcem para que o 2024 YR4 atinja a Lua, transformando o evento em uma valiosa oportunidade cient\u00edfica.<\/p>\n
\u201cA possibilidade de observar o impacto de tamanho consider\u00e1vel na Lua \u00e9 efetivamente um cen\u00e1rio interessante do ponto de vista cient\u00edfico\u201d, destacou Moissl. O fen\u00f4meno forneceria dados cruciais para aprimorar estrat\u00e9gias de defesa planet\u00e1ria.<\/p>\n
Mark Burchell, cientista espacial da Universidade de Kent, ressaltou ao \u201cNew Scientist\u201d que um impacto lunar seria \u201cum grande experimento e uma oportunidade perfeita\u201d. Segundo ele, o evento poderia ser observado at\u00e9 mesmo com bin\u00f3culos da Terra.<\/p>\n
Alan Fitzsimmons, da Queen\u2019s University Belfast, compartilha do entusiasmo: \u201cTomara que seja um impacto lunar. N\u00e3o teria nenhum efeito na Terra, mas nos permitiria estudar pela primeira vez a forma\u00e7\u00e3o de uma cratera lunar provocada por um asteroide conhecido\u201d.<\/p>\n
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