{"id":123825,"date":"2025-04-03T18:04:16","date_gmt":"2025-04-03T21:04:16","guid":{"rendered":"https:\/\/agencia7.jornalfloripa.com.br\/agencia7\/123825"},"modified":"2025-04-03T18:04:16","modified_gmt":"2025-04-03T21:04:16","slug":"por-que-os-ativos-brasileiros-tiveram-desempenho-melhor-que-seus-pares-apos-tarifaco","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/agencia7.jornalfloripa.com.br\/agencia7\/123825","title":{"rendered":"Por que os ativos\u00a0brasileiros tiveram desempenho melhor que seus pares ap\u00f3s tarifa\u00e7o"},"content":{"rendered":"
S\u00c3O PAULO (Reuters) \u2013 O d\u00f3lar caiu forte ante o real e o Ibovespa fechou est\u00e1vel nesta quinta-feira (3), enquanto os mercados globais sofreram uma onda de avers\u00e3o ao risco, \u00e0 medida que os investidores reagiam ao an\u00fancio de novas tarifas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que elevou os temores de recess\u00e3o global.<\/p>\n<\/p>\n
Trump anunciou na quarta-feira que vai impor uma tarifa b\u00e1sica de 10% sobre todas as importa\u00e7\u00f5es<\/a> para os EUA e taxas mais altas sobre alguns dos maiores parceiros comerciais do pa\u00eds, em uma medida que intensifica uma guerra comercial que ele iniciou em seu retorno \u00e0 Casa Branca.<\/p>\n<\/p>\n A taxa\u00e7\u00e3o adicional, no geral, foi maior do que vinha sendo esperada, mas o Brasil, assim como outros pa\u00edses da Am\u00e9rica Latina, foi um dos menos prejudicados pelo novo an\u00fancio, o que contribu\u00eda para a valoriza\u00e7\u00e3o do real nesta sess\u00e3o.<\/p>\n<\/p>\n As importa\u00e7\u00f5es chinesas ser\u00e3o tarifadas em 34%, al\u00e9m dos 20% impostos anteriormente, elevando o novo imposto total para 54%. J\u00e1 a Uni\u00e3o Europeia enfrentar\u00e1 uma tarifa de 20% e o Jap\u00e3o ser\u00e1 alvo de uma taxa de 24%. O Brasil, por sua vez, recebeu a tarifa m\u00ednima de 10%, enquanto o M\u00e9xico, que j\u00e1 tinha sido alvo de uma tarifa anterior, foi poupado de um novo aumento.<\/p>\n<\/p>\n Leia mais:<\/strong><\/p>\n \u201cO an\u00fancio veio entre os piores cen\u00e1rios esperados pelos analistas\u2026 \u00c9 um cen\u00e1rio de choque tarif\u00e1rio severo, uma intensifica\u00e7\u00e3o bastante brusca das barreiras comerciais norte-americanas e at\u00e9 o momento sem uma vis\u00e3o de uma revers\u00e3o desse movimento\u201d, disse Leonel Mattos, analista de Intelig\u00eancia de Mercado da StoneX.<\/p>\n<\/p>\n Analistas temem que as medidas comerciais reacendam a infla\u00e7\u00e3o global e prejudiquem a atividade econ\u00f4mica de v\u00e1rios pa\u00edses, na esteira de uma esperada guerra comercial, o que levaria a uma recess\u00e3o econ\u00f4mica mundial.<\/p>\n<\/p>\n Conforme cresciam as preocupa\u00e7\u00f5es com a concretiza\u00e7\u00e3o desse cen\u00e1rio, investidores globais se desfaziam de\u00a0ativos\u00a0mais arriscados e buscavam posi\u00e7\u00f5es seguras, derrubando as a\u00e7\u00f5es globais e elevando o ouro, os t\u00edtulos governamentais e pares fortes do d\u00f3lar, como o iene e o euro.<\/p>\n<\/p>\n Na cena dom\u00e9stica, no entanto, os\u00a0ativos\u00a0brasileiros tinham melhor desempenho devido \u00e0 perspectiva de maior diferencial de juros com os EUA, caso o Fed precise promover cortes mais profundos na taxa de juros para evitar uma recess\u00e3o, e pela queda nas taxas de DIs, que acompanhavam a baixa nos rendimentos dos Treasuries.<\/p>\n \n Mercados dos EUA desabam em rea\u00e7\u00e3o \u00e0s tarifas econ\u00f4micas de Trump <\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n <\/a><\/p>\n Moeda americana cai mais de 1,70% ap\u00f3s medida protecionista do governo americano, mas rea\u00e7\u00e3o global pode reverter a queda<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n <\/a><\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n O mercado tamb\u00e9m reagiu a uma posi\u00e7\u00e3o mais favor\u00e1vel do Brasil ante seus pares em rela\u00e7\u00e3o \u00e0s tarifas.<\/p>\n<\/p>\n \u201cPara o Brasil, \u00e9 um cen\u00e1rio menos desfavor\u00e1vel do que muitos temiam. Por um lado, os produtos brasileiros perder\u00e3o parte da competitividade em rela\u00e7\u00e3o aos fabricados nos EUA, que n\u00e3o pagam a taxa, e alguns setores podem sofrer mais\u201d, disse Iana Ferr\u00e3o, economista do BTG Pactual, em nota.<\/p>\n<\/p>\n \u201cPor outro, como as tarifas para outros pa\u00edses tiveram aumento maior, determinados segmentos do Brasil podem ganhar competitividade relativa\u201d, completou.<\/p>\n<\/p>\n O Ibovespa fechou pouco abaixo da estabilidade (-0,04%), aos 131.140,65 pontos, com giro a R$ 28,2 bilh\u00f5es na sess\u00e3o. Nesta quinta, oscilou entre m\u00ednima de 130.181 74 e m\u00e1xima de 132.552,11 pontos, saindo de abertura aos 131.185 39 pontos. J\u00e1 o d\u00f3lar \u00e0 vista caiu 1,18%, na casa dos R$ 5,62. <\/a><\/p>\n<\/p>\n Na curva de juros, operadores passaram a precificar uma pequena possibilidade \u2014 14% \u2014 de o Banco Central realizar um aumento de 0,25 ponto percentual na taxa Selic, atualmente em 14,25% ao ano, em maio, contra 86% de chance de uma alta de 0,5 ponto.<\/p>\n<\/p>\n Antes do an\u00fancio, as apostas estavam divididas entre um aperto de 0,5 ou de 0,75 ponto.<\/p>\n The post Por que os ativos\u00a0brasileiros tiveram desempenho melhor que seus pares ap\u00f3s tarifa\u00e7o<\/a> appeared first on InfoMoney<\/a>.<\/p>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" S\u00c3O PAULO (Reuters) \u2013 O d\u00f3lar caiu forte ante o real e o Ibovespa fechou est\u00e1vel nesta quinta-feira (3), enquanto os mercados globais sofreram uma onda de avers\u00e3o ao risco, \u00e0 medida que os investidores reagiam ao an\u00fancio de novas tarifas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que elevou… Continue lendo \n
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Ibovespa Ao Vivo: Bolsa oscila com mundo digerindo tarifas de Trump<\/h3>\n
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D\u00f3lar despenca com tarifas de Trump, mas retalia\u00e7\u00f5es podem mudar o rumo do c\u00e2mbio<\/h3>\n