{"id":124497,"date":"2025-04-06T03:00:24","date_gmt":"2025-04-06T06:00:24","guid":{"rendered":"https:\/\/agencia7.jornalfloripa.com.br\/agencia7\/124497"},"modified":"2025-04-06T03:00:24","modified_gmt":"2025-04-06T06:00:24","slug":"economia-divida-publica-no-brasil-entenda-os-riscos-e-as-estrategias-para-manter-o-controle-fiscal-especialista-do-ipea-analisa-cenario-da-divida-publica-federal-destaca-necessidade-de-controle-de-g","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/agencia7.jornalfloripa.com.br\/agencia7\/124497","title":{"rendered":"Economia D\u00edvida p\u00fablica no Brasil: entenda os riscos e as estrat\u00e9gias para manter o controle fiscal Especialista do Ipea analisa cen\u00e1rio da d\u00edvida p\u00fablica federal, destaca necessidade de controle de gastos e alerta para impacto no or\u00e7amento"},"content":{"rendered":"
O endividamento do governo n\u00e3o \u00e9, por si s\u00f3, um problema, mas precisa ser conduzido com responsabilidade para garantir a sustentabilidade fiscal. Essa \u00e9 a avalia\u00e7\u00e3o do economista Marco Cavalcanti<\/strong>, coordenador de Finan\u00e7as P\u00fablicas do Instituto de Pesquisa Econ\u00f4mica Aplicada (Ipea), vinculado ao Minist\u00e9rio do Planejamento e Or\u00e7amento.<\/p>\n Segundo Cavalcanti, a d\u00edvida p\u00fablica federal representa o montante que o governo precisa para cobrir despesas superiores \u00e0 arrecada\u00e7\u00e3o. Em 2024, 41,6% do or\u00e7amento federal foi destinado ao servi\u00e7o da d\u00edvida<\/strong>, incluindo amortiza\u00e7\u00f5es e juros.<\/p>\n >>>SIGA O YOUTUBE DO PORTAL TERRA DA LUZ <<<<\/strong><\/p>\n Hoje, o estoque da D\u00edvida P\u00fablica Federal (DPF)<\/strong> \u00e9 de R$ 7,49 trilh\u00f5es<\/strong>, sendo 95% dessa d\u00edvida com credores nacionais. A proje\u00e7\u00e3o do Plano Anual de Financiamento<\/strong> (PAF) prev\u00ea que o valor possa chegar a at\u00e9 R$ 8,5 trilh\u00f5es<\/strong> at\u00e9 o fim de 2025.<\/p>\n Cavalcanti alerta que a d\u00edvida n\u00e3o \u00e9 necessariamente negativa, citando como exemplo os gastos emergenciais durante a pandemia de Covid-19. No entanto, \u00e9 preciso cuidado com restri\u00e7\u00f5es or\u00e7ament\u00e1rias<\/strong>, pois o aumento descontrolado dos juros e da d\u00edvida impacta diretamente \u00e1reas essenciais como sa\u00fade, educa\u00e7\u00e3o e investimentos p\u00fablicos.<\/p>\n Para garantir a estabilidade fiscal, o economista defende o arcabou\u00e7o fiscal<\/strong>, que estabelece limites ao crescimento das despesas p\u00fablicas. No entanto, ele afirma que apenas o arcabou\u00e7o n\u00e3o \u00e9 suficiente, uma vez que existem regras constitucionais espec\u00edficas para \u00e1reas como sa\u00fade e educa\u00e7\u00e3o.<\/p>\n Al\u00e9m disso, juros elevados<\/strong> s\u00e3o um fator central no aumento do custo da d\u00edvida. A disciplina fiscal, segundo ele, pode ajudar a reduzir a taxa de juros exigida pelos credores, abrindo espa\u00e7o para investimentos e servi\u00e7os p\u00fablicos.<\/p>\n A expectativa do governo \u00e9 de que a d\u00edvida siga crescendo at\u00e9 2028, com queda a partir de 2029. Institui\u00e7\u00f5es financeiras privadas, por\u00e9m, projetam estabiliza\u00e7\u00e3o apenas por volta de 2033.<\/p>\n Leia Tamb\u00e9m |<\/strong> Economia Verde no Brasil: Climate Ventures lan\u00e7a estudos in\u00e9ditos sobre inova\u00e7\u00e3o e justi\u00e7a clim\u00e1tica<\/strong><\/p>\nControle fiscal e juros menores s\u00e3o chave para a sustentabilidade<\/h3>\n