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\u201c\u00c9 estrat\u00e9gico. O governo (Barack) Obama tirou os olhos da bola e deixou a China tomar toda Am\u00e9rica do Sul e Central, com sua influ\u00eancia econ\u00f4mica e cultural, fazendo acordos com governos locais de infraestrutura ruim, vigil\u00e2ncia e endividamento. Presidente Trump disse \u0091n\u00e3o mais\u0092, vamos recuperar o nosso quintal\u201d, disse Hegseth em entrevista \u00e0 Fox News<\/i> esta semana.<\/p>\n

O chefe do Pent\u00e1gono falava sobre os acordos de coopera\u00e7\u00e3o com o Panam\u00e1, que cedeu ap\u00f3s as amea\u00e7as de Donald Trump. Os dois pa\u00edses concordaram em refor\u00e7ar a coordena\u00e7\u00e3o de seguran\u00e7a e sinalizaram a inten\u00e7\u00e3o de encontrar uma forma de reembolsar as taxas que navios de guerra dos EUA pagam para transitar pelo canal.<\/p>\n

Pressionado pelos EUA, o Panam\u00e1 decidiu permitir a presen\u00e7a de tropas americanas em \u00e1reas de acesso ao canal. Pelo acordo, os militares americanos \u201cpoder\u00e3o usar as instala\u00e7\u00f5es e \u00e1reas autorizadas para treinamento, exerc\u00edcios\u201d entre outras atividades.<\/p>\n

O acordo, com dura\u00e7\u00e3o de tr\u00eas anos prorrog\u00e1veis, determina que as instala\u00e7\u00f5es ser\u00e3o propriedade do Estado panamenho e de uso conjunto das for\u00e7as de seguran\u00e7a dos dois pa\u00edses. O presidente do Panam\u00e1, Jos\u00e9 Ra\u00fal Mulino, contudo, descartou a sugest\u00e3o de Pete Hegseth sobre retomar uma base militar americana no pa\u00eds. \u201cRetiramos os conceitos de presen\u00e7a militar permanente, de bases militares, de cess\u00e3o de territ\u00f3rio, porque isso sim \u00e9 inaceit\u00e1vel\u201d, disse sobre o acordo.<\/p>\n

A visita de Pete Hegseth ao Panam\u00e1 ocorreu em meio \u00e0s tens\u00f5es provocadas por declara\u00e7\u00f5es de Donald Trump. O presidente afirmou repetidas vezes que os Estados Unidos pagam caro demais para usar o Canal do Panam\u00e1 e que a China exerce influ\u00eancias sobre as suas opera\u00e7\u00f5es, amea\u00e7ando retomar o controle americano sobre uma travessia crucial para com\u00e9rcio.<\/p>\n

Ap\u00f3s se reunir com Jos\u00e9 Ra\u00fal Mulino, na ter\u00e7a-feira, Pete Hegseth, afirmou que o Canal do Panam\u00e1 enfrenta amea\u00e7as cont\u00ednuas da China.<\/p>\n

\u201cEmpresas com sede na China continuam controlando infraestrutura cr\u00edtica na \u00e1rea do canal\u201d, disse Hegseth. \u201cIsso d\u00e1 \u00e0 China potencial para realizar atividades de vigil\u00e2ncia em todo o Panam\u00e1. Isso torna Panam\u00e1 e Estados Unidos menos seguros, menos pr\u00f3speros e menos soberanos. E, como o presidente Donald Trump destacou, essa situa\u00e7\u00e3o \u00e9 inaceit\u00e1vel.\u201d<\/p>\n

Hegseth se referia aos portos nas extremidades do canal, que est\u00e3o sob controle de um cons\u00f3rcio de Hong Kong. Atualmente, h\u00e1 um processo de venda da participa\u00e7\u00e3o majorit\u00e1ria para outro cons\u00f3rcio, que inclui a BlackRock Inc. o que, na pr\u00e1tica, colocaria os portos sob controle norte-americano.<\/p>\n

As declara\u00e7\u00f5es de Hegseth provocaram uma resposta contundente de Pequim. \u201cQuem representa a verdadeira amea\u00e7a ao canal? As pessoas tirar\u00e3o suas pr\u00f3prias conclus\u00f5es\u201d, rebateu a embaixada no Panam\u00e1. A representa\u00e7\u00e3o diplom\u00e1tica negou a interfer\u00eancia da China nas opera\u00e7\u00f5es do Canal do Panam\u00e1 e acusou os Estados Unidos de usar \u201cchantagem\u201d para promover os pr\u00f3prios interesses.<\/p>\n

No dia seguinte, o secret\u00e1rio de Defesa americano voltou a criticar a China. \u201cN\u00e3o se enganem, Pequim est\u00e1 investindo e operando nesta regi\u00e3o para obter vantagem militar e ganhos econ\u00f4micos injustos\u201d, acusou Pete Heghseth.<\/p>\n<\/p>\n

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