![\"\"](\"https:\/\/www.infomoney.com.br\/wp-content\/uploads\/2022\/08\/GettyImages-1242146673.jpg?fit=300%2C200&quality=70&strip=all\")
<\/p>\nWashington (Reuters) \u2013 Com os valores de ativos que v\u00e3o de a\u00e7\u00f5es a criptomoedas e casas subindo cada vez mais, a infla\u00e7\u00e3o ainda considerada muito alta e as preocupa\u00e7\u00f5es com uma \u201cexuber\u00e2ncia\u201d entrando na conversa, o presidente do Federal Reserve (Fed o banco central americano), Jerome Powell, atualizar\u00e1 nesta quarta-feira (6) os parlamentares dos EUA sobre a economia e as perspectivas de cortes nos juros em um ano de elei\u00e7\u00f5es politicamente carregadas.<\/p>\n
O cen\u00e1rio que ele apresentar\u00e1 \u00e9, em muitos aspectos, animador, com a taxa de desemprego em 3,7%, a infla\u00e7\u00e3o, segundo algumas medidas, a uma pequena dist\u00e2ncia da meta de 2% do Fed, e a economia ainda crescendo, apesar das condi\u00e7\u00f5es de cr\u00e9dito restritas impostas pelo banco central.<\/p>\n
Por\u00e9m, as pr\u00f3ximas etapas permanecem incertas, com as recentes leituras de infla\u00e7\u00e3o mais persistente do que o esperado e algumas autoridades do Fed e analistas externos preocupados com o fato de a economia dos EUA continuar muito forte para que as press\u00f5es dos pre\u00e7os diminuam totalmente \u2013 um argumento para que os cortes nos juros sejam adiados mais do que o esperado.<\/p>\n
Powell inicia dois dias de depoimentos com uma audi\u00eancia \u00e0s 12h (hor\u00e1rio de Bras\u00edlia) perante o Comit\u00ea de Servi\u00e7os Financeiros da C\u00e2mara, explicando aos parlamentares que enfrentar\u00e3o eleitores preocupados com a infla\u00e7\u00e3o em novembro deste ano porque ele est\u00e1 confiante de que as press\u00f5es dos pre\u00e7os continuar\u00e3o a diminuir sem afetar o mercado de trabalho ou, por outro lado, porque a janela para um \u201cpouso suave\u201d pode estar se estreitando.<\/p>\n
Exuber\u00e2ncia reprimida<\/h2>\n
O melhor resultado poss\u00edvel \u201cdificilmente est\u00e1 garantido\u201d, disse o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, na segunda-feira (4), nos \u00faltimos coment\u00e1rios de autoridades antes do depoimento de Powell na C\u00e2mara. Bostic teme que uma \u201cexuber\u00e2ncia reprimida\u201d entre as empresas possa levar a um aumento nos gastos e a uma retomada da infla\u00e7\u00e3o se o Fed reduzir os juros muito cedo.<\/p>\n
O coment\u00e1rio ecoou de certa forma Alan Greenspan, ex-presidente do Fed que, h\u00e1 tr\u00eas d\u00e9cadas, chamou a aten\u00e7\u00e3o para uma \u201cexuber\u00e2ncia irracional\u201d que estava impulsionando uma bolha nas a\u00e7\u00f5es de tecnologia.<\/p>\n
Agora, o dilema do Fed \u00e9 que, mesmo tendo mantido sua taxa de juros desde julho entre 5,25% e 5,5%, a mais alta em mais de 20 anos, as condi\u00e7\u00f5es financeiras gerais t\u00eam se afrouxado e os pre\u00e7os dos ativos t\u00eam subido com base nas expectativas de cortes pelo Fed, uma din\u00e2mica que pode tornar a infla\u00e7\u00e3o mais dif\u00edcil de ser controlada.<\/p>\n
Em sua apresenta\u00e7\u00e3o na C\u00e2mara e na audi\u00eancia seguinte, na quinta-feira, perante o Comit\u00ea Banc\u00e1rio do Senado, os investidores estar\u00e3o atentos a qualquer esfor\u00e7o de Powell para mudar as expectativas de cortes, que atualmente apontam para um in\u00edcio em junho, e enfatizar novamente que a luta contra a infla\u00e7\u00e3o est\u00e1 incompleta.<\/p>\n
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