A imprescind\u00edvel necessidade de um seguro obrigat\u00f3rio de tr\u00e2nsito<\/em><\/p>\n

Desde a d\u00e9cada de 1960 o mundo se preocupa em minimizar os preju\u00edzos brutais decorrentes dos acidentes de tr\u00e2nsito que ceifam vidas e deixam inv\u00e1lidos milh\u00f5es de pessoas todos os anos. O Brasil n\u00e3o \u00e9 exce\u00e7\u00e3o \u00e0 regra.<\/em><\/p>\n

Desde a d\u00e9cada de 1960, em sintonia com o desenvolvimento do assunto na Europa, o pa\u00eds instituiu um seguro obrigat\u00f3rio com a finalidade de indenizar as v\u00edtimas de acidentes de tr\u00e2nsito, com garantias para morte, invalidez total e parcial por acidentes e despesas m\u00e9dico hospitalares.<\/em><\/p>\n

De l\u00e1 aos dias de hoje, sempre tivemos este seguro, sendo que a \u00faltima vers\u00e3o do DPVAT (Seguro Obrigat\u00f3rio de Danos Causados por Ve\u00edculos Automotores Terrestres) deu conta de sua fun\u00e7\u00e3o por v\u00e1rias d\u00e9cadas, cumprindo seu objetivo de indenizar os milh\u00f5es de brasileiros v\u00edtimas de acidentes de tr\u00e2nsito e seus dependentes.<\/em><\/p>\n

O DPVAT era implementado e administrado pela Seguradora L\u00edder, empresa com finalidade espec\u00edfica de fazer sua gest\u00e3o e que durante o exerc\u00edcio de sua atividade fim se superou na sua miss\u00e3o, atendendo rapidamente as v\u00edtimas de acidentes de tr\u00e2nsito em todo o territ\u00f3rio nacional, atrav\u00e9s de uma vasta rede de entidades autorizadas a receber a documenta\u00e7\u00e3o para embasar os pedidos de indeniza\u00e7\u00e3o.<\/em><\/p>\n

A Susep encarregada da regulamenta\u00e7\u00e3o e fiscaliza\u00e7\u00e3o do sistema nacional de seguros privados, alguns anos atr\u00e1s, houve por bem retirar da Seguradora L\u00edder a gest\u00e3o do DPVAT.<\/em><\/p>\n

Da\u00ed para frente o seguro deixou de cumprir sua miss\u00e3o e milh\u00f5es de brasileiros<\/em><\/p>\n

\u2013 a maioria das camadas mais pobres da popula\u00e7\u00e3o \u2013 atualmente est\u00e3o sem a prote\u00e7\u00e3o fundamental de um seguro obrigat\u00f3rio para acidentes de tr\u00e2nsito.<\/em><\/p>\n

Recentemente, o governo decidiu encaminhar projeto de lei que estatiza o seguro obrigat\u00f3rio, o descaracteriza como seguro e entrega sua gest\u00e3o para institui\u00e7\u00e3o que n\u00e3o tem experi\u00eancia e capacidade para atender a demanda da sociedade no que se refere a ele.<\/em><\/p>\n

\u00c9 por isso que o \u201cF\u00f3rum M\u00e1rio Petrelli\u201d, com o objetivo de fomentar o desenvolvimento do setor de seguros, se posiciona contrariamente a proposta do governo.<\/em><\/p>\n

Quem mais necessita deste seguro s\u00e3o as classes menos favorecidas e para atend\u00ea-las \u00e9 necess\u00e1ria uma rede com capilaridade em todo o pa\u00eds e simplicidade operacional. Da forma como foi apresentado, o modelo do governo n\u00e3o atender\u00e1 as reais necessidades de prote\u00e7\u00e3o da sociedade.<\/em><\/p>\n

O assunto demanda solu\u00e7\u00e3o urgente. O Brasil n\u00e3o pode ficar sem um seguro obrigat\u00f3rio de acidentes de tr\u00e2nsito. Todavia, para atender sua complexidade \u00e9 indispens\u00e1vel a participa\u00e7\u00e3o de quem tem experi\u00eancia em seguros.<\/em><\/p>\n

O \u201cF\u00f3rum M\u00e1rio Petrelli\u201d n\u00e3o \u00e9 favor\u00e1vel a este ou aquele modelo, o que n\u00f3s temos como certo \u00e9 que seguro deve ser feito por quem sabe. E quem sabe fazer seguro neste pa\u00eds s\u00e3o as seguradoras e os corretores de seguros.<\/em><\/p>\n

Portanto \u00e9 imprescind\u00edvel que est\u00e1 discuss\u00e3o comece imediatamente e que os representantes da iniciativa privada do mercado de seguros sejam, desde o in\u00edcio, envolvidos no modelo e na gest\u00e3o do novo seguro obrigat\u00f3rio.<\/em><\/p>\n