{"id":75212,"date":"2024-11-20T04:02:21","date_gmt":"2024-11-20T07:02:21","guid":{"rendered":"https:\/\/agencia7.jornalfloripa.com.br\/agencia7\/75212"},"modified":"2024-11-20T04:02:21","modified_gmt":"2024-11-20T07:02:21","slug":"centrao-evangelicos-e-eleicoes-de-2026-o-que-esperar-da-reforma-ministerial-de-lula","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/agencia7.jornalfloripa.com.br\/agencia7\/75212","title":{"rendered":"Centr\u00e3o, evang\u00e9licos e elei\u00e7\u00f5es de 2026: o que esperar da reforma ministerial de Lula"},"content":{"rendered":"
\"Luiz<\/p>\n

\u00c0s v\u00e9speras de completar dois anos de governo, metade de seu terceiro mandato no Pal\u00e1cio do Planalto, o presidente Luiz In\u00e1cio Lula da Silva (PT)<\/strong> despista quando questionado publicamente sobre uma reforma ministerial, mas sabe que tem um encontro marcado com o tema \u2013 que serviria para reorganizar a correla\u00e7\u00e3o de for\u00e7as na atual administra\u00e7\u00e3o e esbo\u00e7ar o novo xadrez pol\u00edtico para as elei\u00e7\u00f5es de 2026.<\/p>\n

Nos corredores do Pal\u00e1cio do Planalto e do Congresso Nacional, a d\u00favida n\u00e3o \u00e9 mais se haver\u00e1 mudan\u00e7as no primeiro escal\u00e3o da Esplanada dos Minist\u00e9rios, mas quando elas ocorrer\u00e3o e qual ser\u00e1 sua magnitude \u2013 se a reforma ser\u00e1 mais \u201ccosm\u00e9tica\u201d e pontual ou se o presidente optar\u00e1 por modifica\u00e7\u00f5es mais abrangentes.<\/p>\n

A tend\u00eancia \u00e9 a de que Lula espere as elei\u00e7\u00f5es para as Mesas Diretoras na C\u00e2mara dos Deputados e no Senado Federal, no in\u00edcio de fevereiro de 2025, para bater o martelo sobre o novo desenho de seu governo \u2013 embora o mundo pol\u00edtico veja espa\u00e7o cada vez mais reduzido para surpresas nessas disputas.<\/p>\n

Mais poder ao \u201ccentr\u00e3o\u201d<\/h2>\n

Uma das principais vari\u00e1veis que devem ser levadas em considera\u00e7\u00e3o por Lula \u00e9 a necessidade de uma maior representa\u00e7\u00e3o dos partidos do chamado \u201ccentr\u00e3o\u201d, especialmente os vitoriosos nas elei\u00e7\u00f5es municipais deste ano<\/a>. A partir de janeiro, o PSD, comandado pelo ex-prefeito de S\u00e3o Paulo (SP) e ex-ministro Gilberto Kassab<\/strong>, administrar\u00e1 887 prefeituras em todo o Pa\u00eds. Na sequ\u00eancia, v\u00eam MDB e PP, respectivamente com 856 e 747 munic\u00edpios sob sua administra\u00e7\u00e3o. Com os resultados do \u00faltimo pleito, 3.506 das 5.569 cidades brasileiras ser\u00e3o governadas por PSD, MDB, PP, Uni\u00e3o Brasil ou Republicanos, os principais representantes do \u201ccentr\u00e3o\u201d.\u00a0<\/p>\n

\u201cSe o governo optar pelo pragmatismo, o presidente deve pensar em uma amplia\u00e7\u00e3o de espa\u00e7os desse conjunto de partidos, principalmente o MDB, o PSD, o PP e o Uni\u00e3o Brasil, que cresceram bastante no pleito municipal\u201d, afirma Carlos Eduardo Borenstein, analista pol\u00edtico da consultoria Arko Advice. \u201cSer\u00e3o partidos fundamentais para a constru\u00e7\u00e3o de alian\u00e7as visando a 2026, seja por parte do governo ou da oposi\u00e7\u00e3o. Quanto mais pr\u00f3ximo o governo estiver desses partidos, mais condi\u00e7\u00f5es ele ter\u00e1 de abrir um di\u00e1logo melhor para a constru\u00e7\u00e3o de um arco de alian\u00e7as mais ao centro\u201d, avalia.<\/p>\n

Para o cientista pol\u00edtico Cl\u00e1udio Couto, professor na Escola de Administra\u00e7\u00e3o de Empresas de S\u00e3o Paulo da Funda\u00e7\u00e3o Getulio Vargas (FGV EAESP), o resultado das elei\u00e7\u00f5es municipais n\u00e3o \u00e9 o fator preponderante para a prov\u00e1vel amplia\u00e7\u00e3o do espa\u00e7o do \u201ccentr\u00e3o\u201d no governo Lula. \u201cOs partidos vitoriosos nas elei\u00e7\u00f5es municipais foram os mesmos que j\u00e1 haviam vencido a elei\u00e7\u00e3o anterior e que obtiveram maioria no Congresso. Eles ser\u00e3o contemplados n\u00e3o porque ganharam a elei\u00e7\u00e3o, mas porque s\u00e3o grandes mesmo. E o governo precisa, para ter mais apoio no Congresso Nacional, dar mais espa\u00e7o para esses partidos\u201d, aponta.<\/p>\n

Atualmente, PSD, MDB e Uni\u00e3o Brasil ocupam tr\u00eas minist\u00e9rios cada um, enquanto PP e Republicanos t\u00eam uma pasta sob seu comando. O PSD conta com os ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia), Carlos F\u00e1varo (Agricultura e Pecu\u00e1ria) e Andr\u00e9 de Paula (Pesca e Aquicultura); o MDB \u00e9 representado por Simone Tebet (Planejamento e Or\u00e7amento), Jader Filho (Cidades) e Renan Filho (Transportes); o Uni\u00e3o Brasil tem Waldez G\u00f3es (Integra\u00e7\u00e3o e Desenvolvimento Regional), Celso Sabino (Turismo) e Juscelino Filho (Comunica\u00e7\u00f5es).\u00a0<\/p>\n

Em setembro do ano passado, Lula incluiu PP e Republicanos em seu primeiro escal\u00e3o, entregando o Minist\u00e9rio do Esporte a Andr\u00e9 Fufuca (PP-MA) e a pasta de Portos e Aeroportos a Silvio Costa Filho (Republicanos-PE). O governo Lula tem 39 minist\u00e9rios.<\/p>\n

S\u00e9rgio Pra\u00e7a, cientista pol\u00edtico e professor da Escola de Ci\u00eancias Sociais da Funda\u00e7\u00e3o Getulio Vargas (FGV CPDOC), n\u00e3o acredita em uma reforma ministerial t\u00e3o profunda, com os partidos do \u201ccentr\u00e3o\u201d abocanhando pastas muito maiores do que aquelas que j\u00e1 comandam.\u00a0<\/p>\n

\u201cAcho pouco prov\u00e1vel uma reforma ministerial que mude v\u00e1rios ministros. Partidos como PSD, MDB e Uni\u00e3o Brasil j\u00e1 t\u00eam um espa\u00e7o no governo. \u00c9 claro que eles querem mais, mas vejo muita resist\u00eancia do PT e do pr\u00f3prio Lula para fazer isso. Embora o governo tenha tantos minist\u00e9rios, as pastas com maiores or\u00e7amentos j\u00e1 est\u00e3o ocupadas e sem muita perspectiva de mudan\u00e7a\u201d, afirma.<\/p>\n

Pra\u00e7a observa que \u201cos minist\u00e9rios, hoje, t\u00eam menos recursos e uma import\u00e2ncia menor do que tinham h\u00e1 10 ou 15 anos\u201d. \u201cE, se voc\u00ea nomeia mais de 35 ministros, a import\u00e2ncia relativa deles tamb\u00e9m diminui bastante. Ser um ministro entre 35 \u00e9 diferente do que ser um ministro entre 15 ou 20\u201d, diz o analista. \u201cSomando isso ao fato de que os recursos discricion\u00e1rios est\u00e3o cada vez menores e as emendas or\u00e7ament\u00e1rias pegaram muito desse espa\u00e7o, ter um minist\u00e9rio hoje \u00e9 menos relevante do que j\u00e1 foi. Mas o fato \u00e9 que todos os partidos sempre v\u00e3o querer mais, nunca v\u00e3o dizer que est\u00e3o satisfeitos.\u201d<\/p>\n

Avalia\u00e7\u00e3o semelhante tem Cl\u00e1udio Couto, que tamb\u00e9m n\u00e3o espera grande mudan\u00e7a de configura\u00e7\u00e3o \u201cdo ponto de vista partid\u00e1rio\u201d. \u201cPode haver certa mudan\u00e7a de nomes e de onde se alocar\u00e3o os membros dos partidos que t\u00eam alguma rela\u00e7\u00e3o com o governo\u201d, diz.\u00a0<\/p>\n

Com o peso cada vez maior das emendas parlamentares<\/a>, o que levou ao empoderamento do Poder Legislativo sobre o Executivo nos \u00faltimos anos, o tradicional loteamento de minist\u00e9rios pelo governo federal \u2013 presente em todos os governos p\u00f3s-redemocratiza\u00e7\u00e3o, incluindo os dois mandatos anteriores de Lula \u2013 j\u00e1 n\u00e3o tem a mesma import\u00e2ncia de outrora.\u00a0<\/p>\n

\u201cOs partidos que normalmente aderiram aos governos, no presidencialismo de coaliz\u00e3o, s\u00e3o os chamados partidos de ades\u00e3o. A l\u00f3gica deles \u00e9 a de, havendo um governo, aderir a ele, independentemente de quest\u00f5es program\u00e1ticas maiores e, em contrapartida, obter acesso a recursos p\u00fablicos. Era essa a din\u00e2mica\u201d, explica Couto.\u00a0<\/p>\n

\u201cCom o Congresso muito mais empoderado, essa barganha deixou de ser poss\u00edvel porque o governo n\u00e3o tem mais controle sobre esses recursos, n\u00e3o tem mais como contingenciar a execu\u00e7\u00e3o das emendas or\u00e7ament\u00e1rias dos parlamentares, tanto as individuais como as de bancada. Como ele n\u00e3o tem mais como fazer essa negocia\u00e7\u00e3o, acaba perdendo um elemento de press\u00e3o sobre os legisladores, que ficam mais aut\u00f4nomos e podem ter menos raz\u00f5es para aderir aos governos\u201d, conclui.\u00a0<\/p>\n

Resist\u00eancia do PT<\/h2>\n

Outro desafio importante que se avizinha para o governo \u00e9 a poss\u00edvel resist\u00eancia do PT a ceder aos partidos do \u201ccentr\u00e3o\u201d espa\u00e7os estrat\u00e9gicos ocupados atualmente pela legenda. Em 2022, Lula se elegeu sob o lema da \u201cfrente ampla\u201d contra o ent\u00e3o presidente Jair Bolsonaro (PL)<\/strong>, unindo lideran\u00e7as pol\u00edticas da esquerda ao centro, at\u00e9 mesmo da centro-direita.<\/p>\n

Apesar de contar com ampla representatividade partid\u00e1ria no primeiro escal\u00e3o, Lula reservou ao PT e aliados alguns dos minist\u00e9rios mais cobi\u00e7ados da Esplanada. Hoje, a legenda comanda as pastas da Fazenda (Fernando Haddad), Casa Civil (Rui Costa), Educa\u00e7\u00e3o (Camilo Santana), Rela\u00e7\u00f5es Institucionais (Alexandre Padilha), Trabalho e Emprego (Luiz Marinho), Desenvolvimento Agr\u00e1rio (Paulo Teixeira), Desenvolvimento Social (Wellington Dias), Secretaria-Geral da Presid\u00eancia (M\u00e1rcio Mac\u00eado), Mulheres (Cida Gon\u00e7alves) e Direitos Humanos e Cidadania (Maca\u00e9 Evaristo). S\u00e3o dez dos 39 minist\u00e9rios, praticamente 25% do governo.\u00a0<\/p>\n

\u201cUma quest\u00e3o importante \u00e9 sabermos como Lula vai gerenciar uma eventual redu\u00e7\u00e3o de espa\u00e7os do PT no governo. O partido do presidente, hoje, ocupa um n\u00famero muito grande de pastas e controla minist\u00e9rios com poder pol\u00edtico e financeiro muito elevado. \u00c9 bem prov\u00e1vel que haja resist\u00eancia a essa amplia\u00e7\u00e3o ao centro, em detrimento dos espa\u00e7os que o PT det\u00e9m na Esplanada\u201d, diz Carlos Eduardo Borenstein.\u00a0<\/p>\n

\u201cHoje, temos um peso nos minist\u00e9rios do PT muito maior do que a sua for\u00e7a congressual e muito maior do que a for\u00e7a eleitoral n\u00e3o de Lula, mas do PT. Se o presidente Lula est\u00e1 pensando na constru\u00e7\u00e3o de uma frente ampla que v\u00e1 al\u00e9m do discurso, essa \u00e9 uma dura discuss\u00e3o que o PT ter\u00e1 de fazer internamente. Tem que ver se o PT estar\u00e1 disposto a ceder espa\u00e7os em nome do projeto Lula em 2026\u201d, prossegue.<\/p>\n

\u201cLula se elegeu, em 2022, com uma narrativa de frente ampla. De fato, uma s\u00e9rie de atores ao centro o apoiaram contra Bolsonaro. Mas, quando olhamos para o governo e as a\u00e7\u00f5es do Lula, ainda n\u00e3o enxergamos essa frente ampla. Ele tem um conjunto de partidos que ocupam pastas, mas \u00e9 um governo que hoje est\u00e1 mais \u00e0 esquerda do que os governos anteriores do pr\u00f3prio Lula\u201d, complementa.<\/p>\n

Amarrando apoios para 2026<\/h2>\n

Embora n\u00e3o admita publicamente, ningu\u00e9m no PT e no governo cogita a hip\u00f3tese de Lula n\u00e3o se candidatar \u00e0 reelei\u00e7\u00e3o em 2026. Se estiver bem de sa\u00fade, o presidente da Rep\u00fablica ser\u00e1 compelido a mais uma disputa, diante da falta de alternativas competitivas \u00e0 esquerda e da for\u00e7a eleitoral demonstrada pelo campo conservador.\u00a0<\/p>\n

Nesse sentido, afirmam os analistas, a reforma ministerial de Lula tamb\u00e9m deve servir como uma tentativa de atra\u00e7\u00e3o de alguns partidos que, hoje, apesar de manterem um p\u00e9 na canoa governista, orbitam em torno de projetos pol\u00edticos liderados por potenciais candidatos da oposi\u00e7\u00e3o \u00e0 Presid\u00eancia da Rep\u00fablica, como o governador de S\u00e3o Paulo, Tarc\u00edsio de Freitas (Republicanos)<\/strong>.\u00a0<\/p>\n

No estado mais importante da federa\u00e7\u00e3o, Tarc\u00edsio tem como um de seus principais aliados o presidente do PSD, Gilberto Kassab, que \u00e9 secret\u00e1rio de Governo e Rela\u00e7\u00f5es Institucionais da administra\u00e7\u00e3o paulista. Fiador pol\u00edtico n\u00famero 1 da candidatura \u00e0 reelei\u00e7\u00e3o do prefeito de S\u00e3o Paulo, Ricardo Nunes (MDB), vencedor na elei\u00e7\u00e3o de outubro na capital paulista, Tarc\u00edsio tamb\u00e9m re\u00fane condi\u00e7\u00f5es de amarrar um eventual apoio emedebista para suas pretens\u00f5es pol\u00edticas.<\/p>\n

\u201cEsses partidos mais ao centro e \u00e0 direita s\u00e3o siglas que v\u00e3o manter o di\u00e1logo com o governo Lula, independentemente do espa\u00e7o que venham a ocupar. E, mesmo que tenham seu espa\u00e7o ampliado, se o governo Lula estiver em uma situa\u00e7\u00e3o fragilizada em 2026, essas legendas podem trocar de lado e optar por outro caminho\u201d, avalia Borenstein. \u201cS\u00e3o partidos que estabelecem um relacionamento pol\u00edtico com diferentes for\u00e7as. H\u00e1 estados em que eles s\u00e3o mais pr\u00f3ximos do PT e, em outros, como S\u00e3o Paulo, s\u00e3o mais ligados \u00e0 direita ou ao bolsonarismo.\u201d<\/p>\n

Cl\u00e1udio Couto tamb\u00e9m considera o fator 2026 como decisivo na equa\u00e7\u00e3o da reforma ministerial e entende que um poss\u00edvel apoio das legendas de centro e centro-direita a Lula nas pr\u00f3ximas elei\u00e7\u00f5es depende, fundamentalmente, do n\u00edvel de popularidade do pr\u00f3prio presidente \u00e0s v\u00e9speras do pleito<\/a>.<\/p>\n

\u201c\u00c9 uma das vari\u00e1veis que podem entrar na conta. O governo j\u00e1 tem esses partidos dentro da base e pode tentar refor\u00e7ar o v\u00ednculo com eles, mas o fator determinante para essas siglas ser\u00e1 a forma como o governo chegar\u00e1 a 2026. Se Lula chegar com uma popularidade muito baixa, n\u00e3o creio que conseguir\u00e1 manter esses partidos com ele. Este ser\u00e1 o fator fundamental, mais do que qualquer arranjo que se fa\u00e7a agora\u201d, afirma Couto. \u201cAt\u00e9 agora, a coisa funcionou muito mais sob uma l\u00f3gica de redu\u00e7\u00e3o de danos, j\u00e1 que o governo n\u00e3o consegue assegurar que esses partidos votem unidos com o governo. Mas, pelo menos, consegue que essas legendas n\u00e3o estejam unidas na oposi\u00e7\u00e3o.\u201d\u00a0<\/p>\n

Aceno aos evang\u00e9licos<\/h2>\n

A iminente reforma ministerial de Lula tamb\u00e9m deve contemplar o campo evang\u00e9lico, hoje majoritariamente ligado ao bolsonarismo e do qual o presidente vem tentando se reaproximar nos \u00faltimos meses. \u00c9 poss\u00edvel que o petista entregue um minist\u00e9rio a um representante da Frente Parlamentar Evang\u00e9lica<\/a>, grupo que conta com 220 dos 513 deputados e 26 dos 81 senadores, em um arco que envolve 15 partidos. Menos de 30 desses parlamentares s\u00e3o considerados aliados fi\u00e9is do governo Lula.\u00a0<\/p>\n

Entre os nomes apontados como favoritos a uma eventual vaga da cota evang\u00e9lica, est\u00e3o a senadora Eliziane Gama (PSD-MA)<\/strong>, a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ)<\/strong>, o advogado-geral da Uni\u00e3o, Jorge Messias, e at\u00e9 mesmo lideran\u00e7as mais distantes do governo como os deputados Silas C\u00e2mara (Republicanos-AM)<\/strong> \u2013 presidente da frente evang\u00e9lica \u2013 e Otoni de Paula (MDB-RJ)<\/strong>, ex-aliado de Bolsonaro, que recentemente fez uma ora\u00e7\u00e3o com Lula no Pal\u00e1cio do Planalto<\/a>, durante a san\u00e7\u00e3o da lei que instituiu o Dia Nacional da M\u00fasica Gospel.\u00a0<\/p>\n

O presidente nacional do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP)<\/strong>, tamb\u00e9m \u00e9 cotado para assumir alguma pasta. A legenda \u00e9 o bra\u00e7o pol\u00edtico da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), e o parlamentar tem bom tr\u00e2nsito no Planalto.\u00a0<\/p>\n

Principais apostas<\/h2>\n

Na bolsa de apostas de Bras\u00edlia, h\u00e1 forte especula\u00e7\u00e3o em torno da eventual sa\u00edda do ministro das Rela\u00e7\u00f5es Institucionais, Alexandre Padilha (PT)<\/strong>, duramente criticado por lideran\u00e7as do Congresso Nacional \u2013 entre as quais o presidente da C\u00e2mara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL)<\/strong>, que j\u00e1 o chamou de \u201cdesafeto\u201d e \u201cincompetente\u201d<\/a>.\u00a0<\/p>\n

Caso deixe a articula\u00e7\u00e3o pol\u00edtica do governo, Padilha poderia ser deslocado para o Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, hoje comandado por N\u00edsia Trindade<\/strong>, tamb\u00e9m alvo de cr\u00edticas generalizadas de parlamentares. Padilha \u00e9 m\u00e9dico e j\u00e1 foi ministro da Sa\u00fade no primeiro governo de Dilma Rousseff (PT), de 2011 a 2014. A Sa\u00fade, no entanto, \u00e9 um sonho antigo do \u201ccentr\u00e3o\u201d, especialmente do grupo ligado a Lira. A pasta de Rela\u00e7\u00f5es Institucionais, por sua vez, poderia ser destinada a Alexandre Silveira<\/strong> (PSD)<\/strong>, atual ministro de Minas e Energia, ou Silvio Costa Filho<\/strong> (Republicanos)<\/strong>, hoje nos Portos e Aeroportos.<\/p>\n

Outra sa\u00edda vista como prov\u00e1vel \u00e9 a de M\u00e1rcio Mac\u00eado<\/strong>, titular da Secretaria-Geral da Presid\u00eancia, que poderia ser abrigado no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov\u00e1veis (Ibama). Nomes como Elmar Nascimento (Uni\u00e3o Brasil-BA)<\/strong> e Antonio Brito (PSD-BA)<\/strong>, que retiraram suas candidaturas \u00e0 presid\u00eancia da C\u00e2mara para apoiar Hugo Motta (Republicanos-PB)<\/a>, tamb\u00e9m podem ser agraciados com minist\u00e9rios. O pr\u00f3prio Arthur Lira e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG)<\/strong>, s\u00e3o lembrados como \u201cministeri\u00e1veis\u201d, mas ambos t\u00eam descartado publicamente essa possibilidade.<\/p>\n

\u201cAgora, neste momento de virada de ano, p\u00f3s-per\u00edodo eleitoral, per\u00edodo de um certo rearranjo no governo, Lula pode aproveitar para substituir ministros que n\u00e3o estejam funcionando muito bem. E, em segundo lugar, acertar os ponteiros com esses partidos e ver onde \u00e9 poss\u00edvel refor\u00e7ar um apoio pelo menos de algumas alas dessas siglas\u201d, explica Cl\u00e1udio Couto.\u00a0<\/p>\n

Lula estaria avaliando, ainda, a hip\u00f3tese de nomear a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann<\/strong>, para algum minist\u00e9rio, possivelmente a Secretaria-Geral \u2013 mas o nome dela enfrenta resist\u00eancias de outros partidos que comp\u00f5em o governo. Gleisi deixar\u00e1 o comando do PT em fevereiro de 2025.\u00a0<\/p>\n

Na Secretaria de Comunica\u00e7\u00e3o Social (Secom), \u00e9 quase certo que Paulo Pimenta (PT-RS)<\/strong> deixe o posto, e o maior candidato a suced\u00ea-lo seria La\u00e9rcio Portela<\/strong>, que chegou a comandar a pasta, interinamente, no per\u00edodo em que Pimenta assumiu a Secretaria Extraordin\u00e1ria de Apoio \u00e0 Reconstru\u00e7\u00e3o do Rio Grande do Sul, e conta com a simpatia da primeira-dama, Ros\u00e2ngela Lula da Silva, a Janja. O publicit\u00e1rio Sid\u00f4nio Palmeira<\/strong>, respons\u00e1vel pela campanha de Lula em 2022, tamb\u00e9m \u00e9 cotado.\u00a0<\/p>\n

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\u00c0s v\u00e9speras de completar dois anos de governo, metade de seu terceiro mandato no Pal\u00e1cio do Planalto, o presidente Luiz In\u00e1cio Lula da Silva (PT) despista quando questionado publicamente sobre uma reforma ministerial, mas sabe que tem um encontro marcado com o tema \u2013 que serviria para reorganizar a correla\u00e7\u00e3o… Continue lendo → <\/span><\/a><\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1],"tags":[],"class_list":["post-75212","post","type-post","status-publish","format-standard","hentry","category-sem-categoria"],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/agencia7.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/75212","targetHints":{"allow":["GET"]}}],"collection":[{"href":"https:\/\/agencia7.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/agencia7.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/agencia7.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/agencia7.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=75212"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/agencia7.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/75212\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/agencia7.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=75212"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/agencia7.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=75212"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/agencia7.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=75212"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}