{"id":905,"date":"2024-03-08T12:21:45","date_gmt":"2024-03-08T15:21:45","guid":{"rendered":"https:\/\/agencia7.jornalfloripa.com.br\/agencia7\/905"},"modified":"2024-03-08T12:21:45","modified_gmt":"2024-03-08T15:21:45","slug":"economistas-veem-sinais-de-moderacao-no-aquecido-mercado-de-trabalho-dos-eua","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/agencia7.jornalfloripa.com.br\/agencia7\/905","title":{"rendered":"Economistas veem sinais de modera\u00e7\u00e3o no aquecido mercado de trabalho dos EUA"},"content":{"rendered":"
Mesmo com a cria\u00e7\u00e3o ainda forte de vagas nos EUA em fevereiro, os economistas viram ind\u00edcios do que pode ser um al\u00edvio no aquecido mercado de trabalho americano, facilitando assim o trabalho nas decis\u00f5es de pol\u00edtica monet\u00e1ria. As revis\u00f5es para baixo do payroll de dezembro e, especialmente, de janeiro, al\u00e9m da alta na taxa de desemprego e a desacelera\u00e7\u00e3o dos sal\u00e1rios explicam essa leitura.<\/p>\n
Segundo os dados do Departamento do Trabalho divulgados hoje, houve 275 mil novas vagas de trabalho em fevereiro<\/a>, mas as revis\u00f5es para baixo em dezembro e janeiro combinados ficou em -167 mil em rela\u00e7\u00e3o ao reportado anteriormente.<\/p>\n A taxa de desemprego voltou a subir e passou de 3,7% em janeiro para 3,9% em fevereiro. E o sal\u00e1rio m\u00e9dio por hora trabalhada registrou um leve crescimento (0,1%) na compara\u00e7\u00e3o mensal, desacelerando marginalmente na compara\u00e7\u00e3o anual.<\/p>\n Luis Ot\u00e1vio Leal, economista-chefe da G5 Partners, avalia que os n\u00fameros vieram bem melhores do que se esperava. \u201cMesmo o n\u00famero de vagas abertas vindo mais forte do que o mercado esperava, a revis\u00e3o do dado anterior acabou fazendo com que esse n\u00famero fosse bom tamb\u00e9m. Em termos gerais, eu acho que foi um bom n\u00famero e o mercado est\u00e1 reagindo positivamente a esse resultado\u201d, comenta.<\/p>\n Um dos impactos pode ser percebido na ferramenta de monitora\u00e7\u00e3o do CME Group, que apontava antes do payroll uma probabilidade de 74,4% de o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) come\u00e7ar a reduzir os juros na reuni\u00e3o de 12 de junho. Ap\u00f3s o dado, essa chance foi a 82,9% no final da manh\u00e3. At\u00e9 mesmo as apostas de um corte na reuni\u00e3o anterior, de 1\u00ba de maio, cresceram: de 26,6% para 31,0%.<\/p>\n Para Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research, o dado de hoje nos trouxe uma sensa\u00e7\u00e3o mista. Por um lado, a cria\u00e7\u00e3o de vagas segue em ritmo forte, mas por outro, os dados trouxeram certo al\u00edvio em rela\u00e7\u00e3o ao mercado de trabalho e ao crescimento dos sal\u00e1rios.<\/p>\n Ele lembra que, para banco central norte-americano, o dado do payroll \u00e9 crucial. \u201cDiante do dado divulgado hoje, \u00e9 prov\u00e1vel que o Fomc mantenha uma postura cautelosa na reuni\u00e3o do dia 19 e 20 de mar\u00e7o. Os pr\u00f3ximos dados ser\u00e3o importantes para compreender melhor a evolu\u00e7\u00e3o da economia norte-americana\u201d, comenta.<\/p>\n \u201cMantemos a perspectiva de redu\u00e7\u00e3o na taxa de juros para o segundo trimestre deste ano, com maior probabilidade em maio e, menor, em junho.\u201d<\/p>\n Mas Andr\u00e9 Cordeiro, economista-s\u00eanior do Banco Inter, adverte que, no geral, o dado do payroll indica acelera\u00e7\u00e3o do mercado de trabalho, com a m\u00e9dia m\u00f3vel de 3 meses avan\u00e7ando pelo quarto m\u00eas consecutivo.<\/p>\n Ele pondera que o payroll \u00e9 resultado de duas pesquisas distintas, uma a n\u00edvel domiciliar e outra a n\u00edvel da firma. Ele destaca que, nos \u00faltimos 3 meses, t\u00eam se observado uma forte discrep\u00e2ncia entre as duas pesquisas. A pesquisa a n\u00edvel domiciliar, diz o economista, indica 3 meses consecutivos de destrui\u00e7\u00e3o de emprego, mas mesmo nela, a dire\u00e7\u00e3o \u00e9 de melhora, com a destrui\u00e7\u00e3o sendo menor a cada m\u00eas.<\/p>\n \u201cApesar dos pesares, \u00e9 mais um dado forte vindo do mercado de trabalho americano. Em termos de implica\u00e7\u00f5es para a pol\u00edtica monet\u00e1ria, o resultado consolida a vis\u00e3o de que o in\u00edcio dos cortes de juros em mar\u00e7o \u00e9 invi\u00e1vel, mas ainda n\u00e3o coloca em risco o in\u00edcio dos cortes na reuni\u00e3o de junho\u201d, afirma.<\/p>\n J\u00e1 Andressa Dur\u00e3o, economista ASA Investments, pondera sobre a diverg\u00eancia entre a forte cria\u00e7\u00e3o de vagas e o aumento da taxa de desemprego no m\u00eas. \u201cApesar da diverg\u00eancia entre as pesquisas, os dados ainda apontam para uma economia forte, que segue uma desacelera\u00e7\u00e3o sem recess\u00e3o\u201d, comenta.<\/p>\n Ela destaca que o Fed est\u00e1 mais focado nos dados de infla\u00e7\u00e3o para as pr\u00f3ximas decis\u00f5es e que os dados de emprego n\u00e3o mudam cen\u00e1rio, por enquanto, uma vez que est\u00e3o em linha com o esperado.<\/p>\n S\u00e1vio Barbosa, economista-chefe da K\u00ednitro, analisa que o resultado de hoje representou uma modera\u00e7\u00e3o em rela\u00e7\u00e3o aos dados de janeiro, ainda que que os dados mostrem a cria\u00e7\u00e3o de postos em forte ritmo de crescimento.<\/p>\n \u201cTamb\u00e9m sinalizam menor press\u00e3o no mercado de trabalho, com uma maior taxa de desemprego e uma modera\u00e7\u00e3o dos sal\u00e1rios. Acreditamos que esses dados elevam a probabilidade do in\u00edcio do ciclo de corte de juros nos pr\u00f3ximos meses, at\u00e9 a reuni\u00e3o de junho\u201d, previu.<\/p>\n The post Economistas veem sinais de modera\u00e7\u00e3o no aquecido mercado de trabalho dos EUA<\/a> appeared first on InfoMoney<\/a>.<\/p>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Mesmo com a cria\u00e7\u00e3o ainda forte de vagas nos EUA em fevereiro, os economistas viram ind\u00edcios do que pode ser um al\u00edvio no aquecido mercado de trabalho americano, facilitando assim o trabalho nas decis\u00f5es de pol\u00edtica monet\u00e1ria. As revis\u00f5es para baixo do payroll de dezembro e, especialmente, de janeiro, al\u00e9m… Continue lendo