Hugo Motta e Alcolumbre representam um bom sinal para a pacificação do país. Por José Cássio

Hugo Motta e Alcolumbre assumem, respectivamente, a presidência da Câmara e do Senado prometendo respeito à Constituição com foco na harmonia entre os Poderes Imagem: reprodução

Neste sábado, 1º, o Brasil assistiu à eleição de duas lideranças para o comando do Congresso Nacional: Davi Alcolumbre (União-AP) foi eleito à presidência do Senado, enquanto o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) assumiu a presidência da Câmara dos Deputados. Ambos os discursos de posse, a despeito da visão ideológica de cada um deles, deixaram claro que o país segue no caminho da pacificação, do respeito ao Estado Democrático de Direito e da valorização das instituições.

Em um momento delicado da história recente, marcado pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, as posturas de Alcolumbre e Motta sinalizam para um compromisso com a estabilidade política e a rejeição ao radicalismo.

A opção por discursos que evocam a harmonia entre os poderes, a independência do Legislativo e o respeito à Constituição indica que o Brasil busca superar os traumas da passagem do bolsonarismo pelo poder com maturidade e serenidade.

No Senado, Davi Alcolumbre deixou claro que não permitirá que a Casa seja instrumentalizada por pautas que atentem contra a ordem democrática.

Ao afirmar que não pautará a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, demonstrou não apenas respeito às instituições, mas também sensibilidade ao momento que o país atravessa. Para Alcolumbre, a questão dos golpistas é um tema que cabe à Justiça, e não à política.

Essa posição é um alívio para grande parte da população que deseja ver o Congresso Nacional comprometido com as verdadeiras prioridades, como o desenvolvimento econômico, a justiça social e a promoção de políticas públicas que beneficiem todos os brasileiros. O Senador mostra que o caminho para a reconstrução nacional passa pelo respeito às leis e pela preservação da democracia.

Na Câmara, Hugo Motta fez um discurso que tocou fundo na história democrática do país. Ao citar o longa “Ainda Estou Aqui”, que retrata a luta por direitos durante a ditadura militar, e ao evocar a figura de Ulisses Guimarães, o jovem deputado resgatou a importância de defender a Constituição como pilar da convivência democrática. É o oposto do chantagista Arthur Lira.

“Em harmonia com os demais poderes, encerro com uma mensagem de otimismo: ainda estamos aqui”, declarou Motta, reforçando o papel do Congresso como guardião da democracia e espaço de diálogo.

Seu discurso foi um apelo à superação do ódio e da divisão, sugerindo que o futuro do Brasil deve ser construído com base no respeito mútuo e na valorização da diversidade de ideias.

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A eleição de ambos representa um momento de esperança.

Em vez de ceder às pressões de grupos extremistas que tentam reescrever a história e dividir a população, ambos reafirmaram o compromisso com a justiça, o diálogo e a estabilidade institucional. Demonstram que a verdadeira força da democracia está na capacidade de superar crises sem recorrer a arroubos autoritários ou discursos de ódio.

Ao manter o foco em agendas que promovam o bem-estar e ao rejeitar qualquer tentativa de desestabilização, o Congresso dá um passo importante rumo à pacificação. A liderança de Alcolumbre e Motta serve como exemplo de que é possível governar com firmeza e equilíbrio, respeitando as diferenças e fortalecendo as instituições.

O Brasil precisa de líderes que saibam ouvir, dialogar e, acima de tudo, respeitar as regras do jogo democrático.

Neste novo ciclo, o Congresso Nacional sinaliza que está preparado para cumprir esse papel, guiando o Brasil por um caminho de paz, justiça e progresso.

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